Ação que acabou desarticulada pelo próprio governador Silval Barbosa (PMDB) e pelos deputados da base aliada em 2012, a formação de um bloco independente na Assembleia Legislativa com 10 deputados voltou a ser discutida e está em vias de se tornar realidade.
O líder do PSD e presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, Walter Rabello, confirmou que pelo menos outros 11 deputados estaduais debateram nos últimos dias do recesso a possibilidade da formalização do bloco parlamentar que seria independente na tomada de decisão, deixando que a pressão dos partidos aliados ou não ficasse a cargo da administração das agremiações sem influenciar na questão legislativa.
"Precisamos adotar postura mais independente em relação a alguns questionamentos que acontecem no Parlamento Estadual", disse Walter Rabello (PSD) negando que a formalização do Bloco Independente seja para pressionar ou para se posicionar contra o Governo Silval Barbosa.
Walter Rabello lembrou que os entendimentos entre os 12 deputados estão avançados e tendem a se tornar realidade nos próximos 30 dias e elencou os problemas na área da saúde e do transporte via Fethab como precursores da necessidade de se discutir com mais profundidade a tomada de decisão. "Eu mesmo revi meu conceito a favor das OSS para a Saúde, quando vi o secretário Mauri Rodrigues de Lima declarar que não sabe quanto é gasto com as OSS e como se presta contas disto", exemplificou o parlamentar estadual de segundo mandato.
Entre os nomes de oposição ao governo Silval Barbosa que já teriam manifestado interesse no passado em formalizar o Bloco Independente como Guilherme Maluf (PSDB), Luciane Bezerra (PSB) e Zeca Viana (PDT), Walter Rabello acredita que a maioria dos deputados do PSD deverão compor o bloco, seguidos pelos dois deputados do PP, Ezequiel Fonseca e Antônio Azambuja que já declararam estar contra a atual política de saúde pública.
"Pertencer ao bloco independente não quer dizer fazer oposição ao governo e sim defender os interesse de Mato Grosso e da população que se recente da falta de políticas públicas como a saúde pública e de estradas em todo o Estado", disse Walter Rabello convicto de que a formalização é uma questão de tempo.