Em reunião com o presidente do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Mato Grosso (MT Saúde), Gelson Ésio Smorcinski, o deputado estadual Dilmar Dal Bosco sugeriu que o plano implante escritórios regionais em municípios pólo de Mato Grosso. Desta forma, conquistaria a adesão de um número maior de servidores, diminuindo assim os repasses feitos pelo Estado. Ele também indica a participação de um grupo de servidores no conselho gestor.
"A arrecadação dos funcionário públicos é em torno de R$ 6,5 milhões, sobrando o repasse de R$ 7 milhões para o Executivo. O atendimento hoje é praticamente na capital, se ampliarmos as demandas para o interior conseguiremos manter a menta de dois por um, onde Estado aplica R$ 1 para cada dois descontados", explicou Dal Bosco.
Criado em 2003 para oferecer assistência médica, laboratorial e hospitalar aos funcionários públicos estaduais, o MT Saúde atende cerca de 54 mil usuários. Em julho deste ano o Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou várias irregularidades na gestão do órgão, entre elas, estão os pagamentos de multas por atrasos nos pagamentos de contas de luz, telefone e até do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) dos funcionários e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Desde então, o plano passa por uma série de problemas, que vão desde a mudança na presidência do instituto, troca da empresa gestora e mais recentemente o corte de cerca de 800 médicos e hospitais conveniados.
No cargo há pouco mais de 20 dias, Gelson Smorcinski tenta sanar as irregularidades adotando uma série de medidas, entre elas, a desativação do sistema on line para consultas e internações. "Trata-se de uma medida de controle, a exemplo do que acontece em outros planos. Agora, o servidor terá que se dirigir até a sede para emissão de guias. Isso dificulta o desvio de finalidade e o beneficiamento ilícito de alguns grupos empresariais. Acredito na boa vontade do Gelson", defendeu Dilmar Dal Bosco.