Presidente do PP estadual, o deputado federal Ezequiel Fonseca (PP) assumiu posto de titular da CPI da Petrobrás, e junto, a “missão” de colaborar nas investigações dos escândalos de corrupção que listam seu correligionário, exdeputado federal e condenado no episódio do Mensalão, Pedro Henry. Em que pese o desafio, o progressista alerta para a necessidade de se separar o joio do trigo, estabelecendo o direito constitucional da ampla defesa. “Nós vamos, atendendo a solicitação do Partido Progressista, seguindo todo o Regimento Interno, que disciplina a CPI, ouvir os envolvidos, aqueles que forem convocados, fazer os questionamentos, dar a condição da ampla defesa, e sem fazer nenhum pré- julgamento. Vamos fazer um relatório junto com os demais deputados que compõem essa CPI.
E no final, nós esperamos que aqueles que comprovarem a inocência e forem absolvidos, tudo bem, e os que não forem nós teremos que fazer um relatório”, assinalou. Foi categórico ao afirmar que antes de se culpar alguém, é preciso investigar com profundidade o caso. “Certamente não quero fazer nenhum juízo de valor ainda, acho que o importante é ouvir cada um, dar a ampla defesa, mas aqueles que realmente estiverem envolvidos, cabe a Justiça decidir e a Câmara que vai apresentar o relatório colocando aqueles que realmente nós entendermos, ou que toda comissão entender pelo relatório, que for envolvido”.
Fonseca foi indicado pelo PP para ocupar a fun- ção na CPI depois que os deputados dos quadros progressistas, Lázaro Botelho (TO) e Sandes Júnior (GO) foram afastados da comissão por ter sido citados na lista de congressistas com pedido de abertura de inquérito encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Operação Lava Jato. No total, são 49 investigados, sendo 47 políticos, e destes, 32 filiados ao PP.