“A Secretaria de Estado de Turismo envergonha os mato-grossenses”. A afirmação partiu do deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), que, ontem, utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa para mostrar sua indignação quanto ao estudo de “Reputação das cidades-sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014”, realizado pelo Reputation Institute, e que apontou Cuiabá como a pior capital para receber os turistas.
“Em nenhum momento o governo tratou com seriedade os assuntos pertinentes a acomodação e recepção dos turistas para a copa, tudo que se viu foi politicagem. Vamos passar vergonha durante os jogos”, desabafou Dal Bosco, que criticou a inversão de valores ao afirmar que o maior legado dos jogos deveria ser o fomento turístico.
Em Mato Grosso, o Ministério do Turismo definiu como destinos os municípios de Cuiabá, Cáceres, Poconé, Barão de Melgaço, Chapada dos Guimarães, Campo Verde, Jaciara, Juscimeira, Nobres e Alta Floresta.
Para Dilmar, no entanto, nenhum desses locais deverá receber os turistas que vem à Cuiabá para assistir os jogos do Mundial, isso porque, segundo ele, o Executivo não preparou nenhuma dessas cidades para receber os visitantes, tanto na questão de qualificação e infraestrutura, quanto da logística. Dilmar lembrou ainda, que no fim de 2012 o Parlamento Estadual criou uma Câmara Setorial Temática com o objetivo de encontrar alternativas para que os turistas da Copa pudessem visitar as cidades turísticas do Estado, fomentando o desenvolvimento econômico e social desses locais.
“Além de não participar de nenhuma das reuniões na Assembleia Legislativa, o governo não fez o papel de Executivo que era a de impulsionar as cidades turísticas do nosso Estado para receber os visitantes da Copa do Mundo”, disse o parlamentar.
Dal Bosco foi reiterado pelo colega de parlamento, Antônio Azambuja. O progressista criticou o planejamento do Estado para receber os turistas durante o evento esportivo. “Não produzimos nada e por falta da rede hoteleira, o Estado se propôs a hospedar os turistas em escolas públicas. Isso demonstra a falta de organização”.