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Deputado cobra reforma das unidades de saúde em Mato Grosso

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O setor de Saúde da rede pública estadual deverá receber investimentos em toda sua estrutura física.  A determinação foi aprovada pela Assembleia Legislativa  a pedido do deputado Gilmar Fabris (PSD) e encaminhada ao Governo do Estado com cópia ao secretário da SES, Marco Aurélio Bertúlio Neves. A medida visa melhorar as instalações das unidades, inclusive do prédio da Secretaria Estadual de Saúde (SES), que estão em péssimo estado de conservação, fato que dificulta o atendimento ao público e coloca em risco a integridade física dos servidores da pasta.

Na reivindicação, Fabris cita algumas unidades que trabalham no limite diante da falta de investimentos. Entre elas estão: Centro Estadual de Odontologia para Pacientes Especiais, Centro Estadual de Referência em Média e Alta Complexidade, Centro Integrado de Assistência Psicossocial, Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Correa, Hemocentro – Sangue e Hemoderivados, MT-Laboratório, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Farmácia Cidadã.

Outras unidades que enfrentam o mesmo problema são hospitais regionais de Alta Floresta, de Colíder, Rondonópolis, Sorriso, além do Metropolitano de Várzea Grande e os escritórios regionais. “Não conseguem trabalhar em sua plenitude pela crítica situação da parte estrutural”, cita o deputado, ao acrescentar problemas também os problemas detectados na parte elétrica e hidráulica, equipamentos, móveis, além de infiltrações, fissuras e banheiros insalubres.

Chama a atenção a forma como os servidores trabalham amontoados, sem espaço físico adequado, que segundo o deputado, é um verdadeiro desestímulo para quem quer trabalhar, além de colocar em risco a própria segurança.

Segundo relatório da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa, de 2013, no Hospital Adauto Botelho as paredes do local apresentam infiltrações e as instalações elétricas sem proteção.

Inclusive, boa parte dessa instalação já foi interditada pela Vigilância Sanitária. O relatório aponta também a precariedade em que está o Centro de Reabilitação Dom Aquino Correa, com alguns setores interditados.

No ano passado, houve um princípio de incêndio na SES provocado por curto circuito. “Os servidores estão desestimulados por não terem condições mínimas de trabalho e a população prejudicada pelo péssimo atendimento que recebem. Queremos reverter essa situação e pedimos ao governador Pedro Taques prioridade ao setor”, assegurou o parlamentar.

A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sisma/MT), Alzita Ormond, conta que em reunião com os servidores do MT-Laboratório, inúmeras falhas foram apontadas, desde infiltrações, fiação exposta, lâmpadas queimadas, até a falta de cabine de fluxo laminar para a análise dos exames, de água e banheiros inadequados. “É desumano. Inconcebível que uma unidade de Saúde que tem um risco biológico tão grande não disponha de água para que os trabalhadores possam lavar as mãos”, reclamamAlzita.    

Para ela, a falta de dinheiro para a Saúde Pública se contrapõe aos milhões que as Organizações Sociais de Saúde (OSSs) recebem do Estado. “Nós sabemos que a falta de recursos nas unidades de Saúde tem relação direta com o dinheiro investido nas OSSs, que recebem entre dois e três milhões ao mês cada uma”, afirma.

A diretora Técnica do MT Laboratório, Tânia Maria Estrela Fernandes Calderam, reafirmou que a gestão da unidade tem feito o seu papel, de solicitar, cobrar e acompanhar os trabalhos que precisam ser realizados para melhorar as condições locais, e disse que tem vários ofícios que comprovam a solicitação de reparos.

SES/RN – O caos que se instalou na Rede Pública de Saúde de Mato Grosso se repete em outros estados. O Estado do Rio Grande do Norte terá que adotar providências urgentes para promover adequações estruturais e ambientais no edifício-sede da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), sob pena de interdição do prédio.

Trata-se de decisão liminar resultante de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT/RN). A decisão considerou que as condições da edificação representam grave ameaça à saúde e à segurança dos trabalhadore, informa assessoria.

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