O presidente do PDT em Mato Grosso, deputado Zeca Viana, rebateu esta tarde, na sessão da Assembleia, as críticas feitas pelo secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, que teria classificado como inverdades declarações dadas pelo deputado qe haveria troca de cargos com deputados que votaram para Guilherme Maluf (aliado do governo) ser presidente da Assembleia. Em seu discursoViana retrucou o secretário o chamando de irresponsável e mentiroso. Ele ainda ressalta que Paulo não entende de política e sim do mundo jurídico. “É inadmissível um secretário irresponsável, um secretário que talvez não entenda do mundo político, chegar e chamar um deputado de mentiroso na imprensa. Mentiroso é ele, vagabundo”.
O presidente do partido alega que o governador, no começo do mandato, afirmou que o Estado não contrataria servidores “ficha-suja”, porém hoje existem vários secretários com problemas judiciais na atual gestão. “Tem assessor chefe na secretaria de Meio Ambiente que é um caboclo mais sujo que pau de galinha e está lá nomeado por ele. Está debaixo do nariz dele uma secretária que foi condenada a devolver dinheiro público. Tem outro secretário condenado pelo Tribunal de Contas a devolver dinheiro público e está lá. O que é ficha-suja para este cidadão?”, questiona.
Viana enxerga como um desrespeito o acontecido e cobrou dos outros deputados um poscionamento. “Quero fazer um apelo, se omitirmos e ficarmos quietos, amanhã ou depois um secretário está passando por cima de nós. Eu fui eleito com 35.300 votos para representar o cidadão. Ele foi nomeado por um cidadão só, pelo o governador. Ele tem que respeitar esse parlamento e os parlamentares, não é possível que vamos admitir um secretário tentar abusar do seu cargo contra os parlamentares”.
O discurso é finalizado quando Zeca relata que não sente vergonha em ter ajudado Pedro Taques a ser eleito governador do Estado. “Eu carreguei ele no ombro por quatro anos, por mais de mil horas no meu avião, sem receber 1 litro de gasolina para ele ser governador desse Estado, então eu exijo respeito desse vagabundo[…] o governador tem que se manifestar sobre o caso, porque se for necessário nós pedimos a cabeça dele para substituição de secretário. O governador precisa se solidarizar conosco, queremos harmonia e não imperialismo do jeito que eles querem fazer”, pontuou.
O líder do governo, o deputado Wilson Santos (PSDB) afirmou que o episódio foi um fato isolado e já foi superado. “Isso faz parte do cotidiano e pode acontecer com outros deputados, agora é hora de seguir em frente”.