PUBLICIDADE

Deputado Azeredo investigado pelo STF renuncia mandato

PUBLICIDADE

Réu no processo conhecido como mensalão mineiro, Eduardo Azeredo (PSDB-MG) afirmou na carta de encaminhada nesta quarta-feira à Câmara dos Deputados que renuncia ao mandato para evitar a “execração pública” e “pressões políticas”, além de se dedicar à defesa do processo do mensalão mineiro. O texto foi lido no plenário da Casa pelo deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), formalizando a renúncia do tucano.

“Não vou me sujeitar à execração pública por ser um membro da Câmara dos Deputados e estar sujeito a pressões políticas. Esta sanha não quer que prevaleça a ponderação da Justiça, mas, sim, ver, pendurado e balançando no cadafalso, o corpo de alguém exemplado para satisfazer os mais baixos apetites em ano de eleição”, diz o texto. “Sem o mandato público, aguardarei o meu julgamento, certo de que, na serenidade que deve presidir os veredictos, fique definitivamente comprovado que não tenho culpa pelas acusações que sofri”, afirma.

Na carta, o tucano diz ter virado “mero alvo político” e que vive uma “tragédia” com as acusações da Procuradoria Geral da República. O texto fala que Azeredo sofreu por uma “infeliz coincidência” de ter contratado a agência SMP&B, de Marcos Valério, posteriormente envolvida no mensalão.

“A infeliz coincidência de uma agência de publicidade contratada antes mesmo do meu governo (para a campanha ao governo do Estado em 1998) ter se envolvido em rumuroso episódio de negociações suspeitas para fins políticos a nível federal fez de mim um cúmplice que não fui e nunca seria em ações que nunca participei nem participaria”, diz Azeredo na carta.

“O governador de Minas Gerais, com 20 milhões de habitantes e mais de 500 mil funcionários entre ativos e inativos, não governa sem descentralizar, sem delegar! Insisto em que as responsabilidades de um governador são semelhantes e proporcionais às de um presidente da República!", escreveu ele.

No início do texto, o tucano afirma que as versões dadas aos fatos do mensalão mineiro “estraçalham a vida pessoal como num atropelamento inesperado na travessia de uma rua”. “Uma tragédia desabou sobre mim e a minha família, arrasando meu nome e a minha reputação”, afirma.

Segundo Azeredo, as acusações de desvio e lavagem de dinheiro durante sua campanha para o governo de Minas Gerais em 1998 são baseadas em documentos e testemunhos falsos. “Volto a assegurar e repetir que não sou culpado de nenhum ato de peculato. Não fiz nenhum empréstimo fictício para a minha campanha de reeleição ao governo de Minas em 1998. Não fiz nem faria, por uma questão de princípio, nenhuma lavagem de dinheiro”, diz.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Sinop: obra do hospital municipal está 89% executada, diz empresa

A empresa de engenharia responsável pela construção confirmou, ao...

Projeto do voto impresso nas eleições avança na Câmara; 4 deputados de MT favoráveis

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou...

Ministro anuncia R$ 140 milhões para a agricultura familiar em Mato Grosso

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, fará...

Senador mato-grossense propõe semana para incentivar educação cidadã

O senador Jayme Campos (União-MT) apresentou um projeto de...
PUBLICIDADE