O deputado estadual, Zeca Viana, presidente regional do PDT, disse que a campanha de Lúdio Cabral (PT) a prefeito da capital, há 2 anos, pode ter recebido dinheiro dos empréstimos ilegais feitos pelo ex-secretário de Fazenda Eder Moraes, preso há mais de uma semana, na Operação Ararath. Lúdio é pré-candidato ao governo e adversário de Pedro Taques, também pré-candidato, que tem apoio de Zeca. Ele afirmou que Eder Moraes foi diretor financeiro da campanha de Lúdio e supôs que o dinheiro de campanha do petista, tenha sido oriundo dos esquemas de lavagem de dinheiro, feitos por Eder, juntamente com o empresário Júnior Mendonça, da rede Amazônia Petróleo – pivô da Operação.
“O Eder Moraes, que inclusive está preso, foi diretor financeiro da campanha do candidato a prefeito em 2012 (Lúdio Cabral). E eu não tenho dúvida – se ele era o financeiro da campanha- de não ter envolvimento desse dinheiro também nessa campanha. Pois se ele (Eder Moraes) está envolvido num lamaçal desses (Operação Ararath) e foi coordenador da campanha, é obvio que teve dinheiro ilícito na campanha dele”.
Contudo, Mauro Mendes que ganhou as eleições contra Lúdio, também foi alvo da Operação da PF, por conta de um empréstimo com Júnior Mendonça, no valor de R$ 3,4 milhões, e consequentemente, após vencer o pleito eleitoral, realizou um contrato emergencial, com dispensa de licitação, pela Prefeitura de Cuiabá, no valor de R$ 3,7 milhões.
Questionado sobre o suposto envolvimento de Mendes, que realizou o empréstimo no período da campanha, Zeca Viana tentou desconversar e disse que cabe a Polícia Federal investigar. O pedetista disse ainda, que tal empréstimo foi feito de forma legal, apesar da empresa Amazônia Petróleo, ser classificada como um banco clandestino, visto que ela não detém autorização do Banco Central para esse tipo de operação.
“O empréstimo que Mauro pegou com o empresário, que está envolvido nesse esquema todo aí, ele tem que se explicar sim. Se ele fez empréstimo legal, ele tem documento. Ele já encaminhou tudo à polícia, à justiça”.