A deputada estadual Luciane Bezerra (PSB) entregou, hoje, ao procurador-geral do Estado, Paulo Prado, seu "voto em separado" que solicita a prisão e bloqueio de bens dos investigados na CPI do MT Saúde. Se comprovado, os citados no documento podem podem responder civil e criminalmente pelos desvios.
Prado repassou o documento a Central de Inquéritos do Ministério Público. Ele disse que após investigações há a possibilidade de, se comprovado, a devolução dos recursos desviados do MT Saúde. A comissão apurou que cerca de R$ 25 milhões foram desviados.
Entre os citados no documento estão o ex-secretário de Administração do Estado, César Zílio, e o ex-presidente do MT Saúde, Yuri Bastos Jorge. "A sociedade toda quer saber o que aconteceu no MT Saúde. Vamos levantar e verificar se houve desvio e prejuízo ao erário e conseguir o ressarcimento", disse o procurador geral.
O documento, de mais de 1,3 mil páginas, será encaminhado ao Núcleo da Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, que já investiga denúncias envolvendo o MT Saúde. Desde 2011, o promotor Roberto Turim investiga as operadoras saúde Samaritano e Open Saúde, responsáveis pela gestão do plano.
Fantasmas
Luciane pediu ainda ao procurador-geral a investigação de funcionários "fantasmas" em toda administração em Cuiabá. Recentemente, um vereador da capital denunciou que os dois filhos da deputada, Anacleto Bezerra e Bruna Azóia Bezerra, não cumpriam carga horária. "Como parlamentar tenho obrigação de pedir investigação nestes casos e pedir seriedade na punição de irregularidades".