O penúltimo debate dos candidatos a governador foi ontem à noite na Tv Rondon, com regras diferentes dos demais, e não foi permitido, por exemplo, perguntas sobre corrupção para deixar o foco na apresentação de propostas. No debate anterior, na Recordo, foram dois casos muito explorados pelos candidatos ao abordarem o caso dos R$ 44 milhões do superfaturamento dos maquinários e do perdão de R$ 150 milhões em impostos para uma indústria de fertilizantes por parte do governo estadual. Mediado pelo jornalista Hermano Henning, do SBT, o debate teve os 4 candidatos: Silval Barbosa, Mauro Mendes, Wilson Santos e Marcos Magno. Eles fizeram perguntas entre si e Silval acabou pedindo dois direitos de resposta para rebates ataques.
Na educação, Mauro Mendes respondeu Silval sobre avaliação da atual gestão, e disse que Mato Grosso vai mal na área educacional setor classificando de péssimos os resultados dos alunos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Para Mauro, o desempenho do ensino inicial é positivo, mas os alunos foram passados de série na “barriga”. Apontou que são investidos R$ 3,30/mês para qualificar professores e disse que pretende aumentar os valores a serem investidos.
Questionado por Mauro Mendes sobre suas propostas para meio ambiente, Wilson Santos, disse que é preciso instituir a paz no campo apontando “perseguição da Polícia Federal” aos produtores e madeireiros no Nortão. Ele defendeu descentralização de ações da Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) cobrando ainda o licenciamento ambiental sendo feitos nos municípios. Na área agrícola disse que pretende “liberar a proibição da cana em alguns municípios do Estado e criar novas politicas de reflorestamento”, disse.
Na Saúde, Marcos Magno questionou e atacou Wilson sobre saúde em Cuiabá classificando-o de “incompetente” quando foi prefeito e que a mortalidade infantil caiu pouco, cerca de 30%. Wilson rebateu dizendo que as policlínicas foram reformadas assim como o Pronto-Socorro onde foram investidos R$ 6 milhões. Ele propôs “fazer Saúde Pública no interior “e que, “em seis meses, terei feito dois hospitais em Cuiabá. Assumo o compromisso”, afirmou. Ele também afirmou que o Estado não faz a sua parte e “desvia R$ 55 milhões direcionado a saúde pública”
O governador Silval Barbosa foi questionando sobre suas promessas de integração do Estado e afirmou que a realidade do Araguaia, conhecida como Vale dos Esquecidos, é outra. Lembrou que havia racionamento de energia e o governo atual resolveu o problema na região. Silval propôs fazer a integração dos 141 municípios do Estado, com pelo menos uma rodovia asfaltada, dizendo que deverão ser asfaltados caso seja eleito mais de 2.670 km de rodovias. Com investimento do Fethab, destacou que fará as obras para alavancar o Estado. Sobre a Ferronorte, Silval afirmou que a ferrovia segue em ritmo acelerado até Rondonópolis, evai lutar para fazer chegar até a Cuiabá e avançar rumo a Rondônia.
Silval solicitou direito de resposta para falar sobre o prêmio Motoserra de Ouro, citado pelo candidato Wilson Santos. O peemedebista destacou que teve orgulho de ser vice do ex-governador Blairo Maggi (PR) e o prêmio, do programa “Pânico na TV”, foi uma injustiça. Segundo Silval, Maggi recebeu um prêmio internacional de legislação ambiental mais moderna, respeitando a legislação nacional. Sobre superfaturamento dos maquinários citados durante o programa, Silval afirmou que a primeira providência, quando foram constatadas irregularidades no processo licitatório foi tomada pelo ex-governador Blairo Maggi (PR), quando mandou apurar por meio de auditoria. Silval disse que foi ele quem entregou o relatório da auditoria ao Ministério Público e a Delegacia Fazendária. Garantiu que o Estado não será lesado.
O andidato do PSOL, Marcos Magno defendeu que o governo não investia só no agronegócio como setor prioritário e disse que vai trabalhar para identificar as prioridades de cada região. Ele prometeu dar uma maior atenção à Unemat, com o objetivo de transformar a região em um pólo de Educação. Afirmou que, se eleito, vai abrir um canal de comunicação com a sociedade para discutir a construção de usinas hidrelétricas.