O partido Democratas (DEM) cobrar reciprocidade de apoio durante as eleições municipais deste ano por parte das 12 legendas que compõem a base do governo Pedro Taques (PSDB) e firmaram compromisso de estarem unidas neste pleito. É o que afirma o presidente da sigla em Mato Grosso, o deputado estadual Dilmar Dal Bosco, em referência à possível candidatura à reeleição da prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos.
A candidatura de Lucimar foi anunciada em uma reunião do partido realizada nesta semana, embora a própria prefeita venha destacando ainda não ter uma decisão formada quanto a isso. “O Democratas é um partido companheiro, mas quer reciprocidade das demais siglas. Se podemos apoiar os outros partidos em vários municípios, também podemos receber o apoio deles”, cobrou Dilmar. A principal queixa do presidente é quanto à postura que os colegas de Parlamento Pery Taborelli (PSC) e Jajah Neves (PSDB) vêm adotando.
Ambos têm usado a tribuna da Assembleia Legislativa, durante as sessões plenárias, para criticar a gestão do município. Taborelli já se colocou como pré-candidato a prefeito e chegou a deixar o PV, que fazia parte do bloco aliado, para garantir a empreitada. Jajah, por sua vez, tem agido como se postulasse o cargo, mas teria afirmado a Dilmar não ter interesse. Acontece que outros tucanos, como o presidente do diretório municipal de Cuiabá, Carlos Avalone, têm defendido que o PSDB tenha um nome próprio ao comando do Paço Couto Magalhães.
Segundo Avalone, já haveria uma deliberação da Executiva municipal de Várzea Grande pela candidatura de William Cardoso. A ideia seria atender à resolução nacional que orienta os diretórios a empenhar-se em apresentar candidato próprio e chapa de vereadores. “Todo mundo sabe que a casa dos Campos é Várzea Grande. Não tem porque o PSDB se oferecer com uma pré-candidatura, tendo uma candidatura forte do DEM, como a reeleição da Lucimar”, pontua Dilmar, em contrapartida, ressaltando a aliança histórica entre os dois partidos.
O discurso de reeleição, por sua vez, ainda não tem sido adotado pela própria Lucimar. Suas afirmações têm sido no sentido de foco em terminar bem o mandato, que se iniciou em maio do ano passado, com a cassação do então prefeito Walace Guimarães (PMDB). “Se vou ou não disputar as eleições deste ano, somente o mesmo povo que me deu este primeiro mandato pode dizer. Minha missão é demonstrar o que estamos fazendo de diferente dos outros gestores que por aqui passaram. Aqui é um árduo trabalho em prol da maioria que precisa do suporte do poder público”, pontuou Lucimar durante o evento.