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DEM quer explicação de Renan sobre denúncia de espionagem a senadores

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O Democratas (DEM) espera explicações do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) sobre denúncia de que ele teria se valido do cargo de presidente do Senado para espionar os senadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Demóstenes Torres (DEM-GO).

O líder do partido na Casa, José Agripino (RN), disse que, caso as explicações de Renan não convençam, uma nova representação contra ele pode ser protocolada na Casa. “A palavra está com Renan Calheiros”, disse.

“O Democratas vai querer ouvir de Renan Calheiros, como ele o fez em outras oportunidades, sua manifestação na tribuna do Senado. Se as explicações forem convincentes, o partido avaliará o que fazer. Se não forem, o partido seguramente entrará com representação”, disse Agripino.

Matéria publicada na imprensa nesse fim de semana acusa Renan Calheiros de usar o funcionário da presidência do Senado, o ex-senador Francisco Escórcio, e advogados para espionar Marconi Perillo e Demóstenes Torres, seus adversários políticos.

Escórcio teria planejado a instalação de câmeras de vídeo em um hangar de táxi aéreo em Goiânia para filmar os
senadores em alguma atividade ilegal. O plano só não teria ido para frente porque o dono do hangar, o ex-deputado Pedro Abrão se negou a participar do esquema.

Segundo Agripino, não basta o presidente do Senado negar o envolvimento na denúncia. “Há outros fatos, outras circunstâncias e outras pessoas que têm de ser ouvidas para que o fato seja ou não confirmado”, disse.

O partido ainda estuda a possibilidade de oferecer uma vaga aos senadores peemedebistas Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS) na Comissão de Constituição e Justiça. Na semana passada, eles foram substituídos na Comissão sob a alegação de não acompanhar o partido em votações de interesse do governo.

Agripino disse que regimentalmente é possível um partido oferecer vaga a outro em uma comissão, mas que não se pode garantir que, caso isso aconteça, o PMDB irá indicar os dois senadores para a vaga. “Não podemos ceder a vaga porque eles não são do nosso partido. Podemos oferecer a vaga ao PMDB. O Democratas oferece a vaga, mas e o PMDB, vai oferecer [a eles]?” .

Segundo Agripinino, o partido já teria uma dessas vagas: a do senador Romeu Tuma, que nesse fim de semana deixou o Democratas e foi para o PTB.

Agripino ainda deixou claro que o partido é solidário aos dois senadores. “Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon têm a nossa completa solidariedade. Qualquer passo no sentido da recuperação da voz e do voto dos dois só poderá ser tomada de comum acordo com eles”, disse.

Poderá haver pelo menos um depoimento contrário a Renan Calheiros: o funcionário do Senado e ex-secretário-geral adjunto da Mesa, Marcos Santi, contatou o senador Jarbas Vasconcelos e se ofereceu para depor.

Em agosto, Santi pediu afastamento do cargo alegando ter sofrido pressões para divulgar pareceres favoráves a Renan Calheiros nos processos que enfrenta na Casa.

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