Dificilmente o Partido da República (PR) e o Democrata (DEM) conseguirão construir um duradouro entendimento para as eleições deste ano e que se repita em 2010, como aconteceu na eleição (2002) e reeleição (2006) de Blairo Maggi quando o então PFL deu sustentação política para as pretensões do atual chefe do Poder Executivo. Ao se reunirem para discutir em que municípios e como as siglas podem se manter unidas, ambos já deixaram claro que não abrem mão de suas postulações para 2010.
O PR e o fechado grupo de Blairo Maggi vem com o nome de Luiz Antônio Pagot, hoje diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT), que ainda não demonstrou a que veio, e o Democrata com a candidatura do senador Jaime Campos (DEM) que já foi governador entre os anos de 91 a 94, quando ainda não existia o instituto da reeleição e que titubeia quando o assunto é candidatura. Jaime Campos nunca deixou parte de qualquer mandato que conquistou para se eleger para nova função e como senador são oito anos de mandato, muito acreditam que ele não saia candidato.
“São conversas embrionárias, mas ambos colocaram suas postulações”, disse o presidente do DEM, Oscar Ribeiro apontando com naturalidade a pretensão dos Republicanos.
Já o presidente do PR, Moisés Sachetti, insinua que os resultados das eleições de outubro próximo mudará a face política do Estado, apostando que o seu partido será o grande vencedor na maioria das cidades, o que lhe dará respaldo para liderar a sucessão estadual de 2010, baseado ainda nos ótimos resultados da gestão Blairo Maggi (PR).
O certo é que a possibilidade do PR e do DEM caminharem juntos nas próximas eleições são remotas, ainda mais nas cidades pólos, o que deverá afastar e azedar ainda mais o relacionamento entre ambos. Jaime Campos se candidato poderá ter o apoio do PP que lançará José Riva, candidato a uma das duas vagas para o Senado, ficando a outra a ser definida, além da vice. Com o PR é a mesma coisa, pois se lançar Pagot, poderá ter Maggi como candidato ao Senado, deixando a outra vaga e a vice para servir de entendimento.