O partido Democratas fechou questão em torno da candidatura do ex-senador, ex-governador, ex-deputado e ex-prefeito, Júlio Campos, ao Senado na eleição suplementar do dia 26 de abril que vai escolher o substituto da senadora cassada Selma Arruda (Podemos). Ele foi o único a apresentar a intenção de disputar o pleito e teve o nome aprovado numa reunião da Comissão Executiva Estadual realizada no Palácio Paiaguás.
Agora o partido trabalha para compor a chapa e buscar apoio com as demais legendas. Também prepara uma ampla pesquisa de opinião para entender o cenário e decidir como vai conduzir a candidatura, que só será formalizada em março, no período convencional.
Júlio mostrou-se entusiasmado com a disputa desde que a cassação de Selma Arruda foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral, em dezembro, por abuso de poder econômico e prática de Caixa 2. Dizendo-se bem pontuado nas pesquisas o político mostrou interesse e ressaltou que tinha saúde física e financeira para concorrer.
Dentro do DEM, ele enfrentou resistência inicial do deputado Dilmar Dal Bosco, que tinha pretensão de disputar, mas não formalizou seu nome para evitar disputa interna com o amigo e rachar o partido.
O governador Mauro Mendes, que também é do partido, ainda não se pronunciou sobre o apoio na eleição suplementar e fica numa situação complicada, uma vez que, além do colega de partido, o seu vice-governador, Otaviano Pivetta (PDT), já lançou pré-candidatura, e o ex-deputado Nilson Leitão, cujo partido, o PSDB, acabou de ingressar na base de sustentação do governo, também tem pré-candidatura lançada.
Antes de ter a pré-candidatura confirmada pelo DEM, Júlio Campos reuniu-se com Leitão e com o ex-vice-governador, Carlos Fávaro (PSD), terceiro colocado nas eleições de 2018, para tentar uma aliança e convencê-los a ingressas em sua chapa. Júlio revelou ao Só Notícias que a intenção é ter um suplente do Nortão e outro da região sudoeste.
Se a candidatura de Júlio avançar e ele vencer a eleição, o Democratas terá domínio absoluto da política em Mato Grosso, uma vez que tem o chefe do Executivo estadual, Mauro Mendes, do Legislativo, Eduardo Botelho, e já tem um senador, Jayme Campos, irmão de Júlio.
