Caso o Partido da República (PR) feche acordo e passe a apoiar a pré-candidatura ao governo do Estado do senador Pedro Taques (PDT), o Democratas deixará o bloco de oposição. O recado foi dado pelo presidente regional da legenda, deputado federal Júlio Campos. Neste caso, há possibilidade do senador Jayme Campos (DEM) liderar uma “terceira via” ao governo na eleição de outubro próximo.
Porém, o deputado democrata espera que tudo não passe de especulações e disse confiar na palavra dada, segundo dele, por Taques de que o pedetista apoiaria a reeleição de Jayme Campos ao Senado Federal. “Se o PR insistir em vir para cá, com certeza sai a terceira. Se o Jayme não for candidato ao Senado, vamos levar quatro partidos para apoiar o Jayme ao governo. Dentro de dez dias tem que sair a definição”.
Uma chapa encabeçada por Jayme, como disse Júlio, tem a simpatia de quatro partidos com bom tempo de televisão e rádio. A principal articulação, neste sentido, é do deputado estadual e secretário-geral do PSD, José Riva. Além de DEM e PSDB, o grupo traria o PSDB. Os demais partidos a ingressarem nesta chapa seriam convencidas com o tempo e articulações.
O principal temor dos democratas com a vinda do PR é a falta de espaço para acomodar as ambições do possível aliado de última hora. A direção estadual republicana não abre mão de lançar candidato ao Senado com o deputado federal Wellington Fagundes. Dois candidatos ao Senado em uma mesma chapa seria inviável politicamente, por isso, caso o PR se junte ao grupo, o DEM sairá e deve levar outras agremiações.
O outro ponto levantado é o fato de que a coligação com o PR poderia enfraquecer o discurso oposicionista do senador Pedro Taques. Desde o início de seu mandato, ele sempre foi um ferrenho opositor tanto da presidente Dilma Rousseff (PT), quanto do governo do Estado que hoje é comandado por Silval Barbosa (PMDB) que foi eleito com a ajuda dos republicanos, após estes ficarem sete anos no comando do Estado durante a gestão Blairo Maggi.