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Delegado ganha mais que senador, se queixa Jaime Campos

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O senador Jayme Campos (DEM) criticou os salários que são pagos pelo Senado. Segundo ele, um delegado federal em início de carreira ganha mais que um senador, A queixa de Jayme Campos aconteceu durante a votação do Projeto de Emenda à Constituição (PEC 21), que trata de restabelecimento de adicional por tempo de serviço como componente da remuneração de carreiras da Magistratura e do Ministério Público.

A crítica aos “baixos salários” no Senado começou a partir dos comentários feitos pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS), que admitiu que não consegue pagar previdência privada com o vencimento que recebe. Segundo ele, o valor a ser custeado seria de pouco mais de R$ 4 mil. Alguns senadores presentes na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) reclamaram foram a frente e disseram que o salário dos senadores “não é o que se pensa”.

Depois da fala de Simon, senadores conversaram sobre o valor dos vencimentos dos parlamentares. “Depois dizem que nós ganhamos muito. No caso do Simon, por exemplo, veja como são as coisas. Este senador tem mais de 30 anos de prestação de bons serviços ao país como político. Foi uma figura muito importante em momentos históricos. Agora, revela que não consegue pagar R$ 4 mil [para a previdência privada]. Um senador ganha R$ 16 mil, sem o desconto dos impostos”, afirmou o vice-presidente da CCJ, Wellington Salgado (PMDB-MG.

Wellington Salgado, que fazia parte da chamada tropa de choque do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-RS), em meio à crise institucional no começo de 2009, ainda criticou a atuação da imprensa. “Donos de jornais e rádios direcionam a opinião pública [caso Sarney]. Como é difícil julgar alguém na Comissão de Ética com a pressão popular (…). Vimos que depois de tudo aquilo mudaram as regras de cotas de passagens na Casa. Hoje, não podemos custear viagens de convidados em audiências públicas para debater assuntos importantes na comissão. Vi todas essas incoerências e absurdos aqui dentro do Senado. Acredito que a democracia no país ainda não está madura”, disse Salgado.

Ele também falou sobre o caso das passagens aéreas cedidas ao ministro das Comunicações, Hélio Costa, senador titular da vaga que Salgado ocupa como suplente. “Cedi para alguém que precisava viajar pelo país. A regra não proibia isso. O Brasil é um país continental, não é que nem Portugal. Se fosse lá, poderíamos viajar de carro. Aqui não”, justificou Salgado.

Wellington Salgado afirmou que é um absurdo, por exemplo, um juiz de primeira instância – quando acumula salários e benefícios – ganhar mais do que um ministro de alta corte da Justiça.

O senador Pedro Simon abriu mão de receber a pensão que tem direito por ter governado o Rio Grande do Sul e da aposentadoria por ter sido deputado estadual. Segundo a assessoria de imprensa do parlamentar, ele também não recebe verba de representação do Senado, no valor de R$ 15 mil. Com isso, de acordo com a assessoria, recebe apenas o salário de R$ 16 mil bruto como senador, além das cotas aérea, de correio e de telefone.

A assessoria do senador afirma que ele não acumula benefícios “por questão de princípios”. “Ele já recebe um salário pela atividade que exerce, e considera que não seria ético receber além disso. Ou seja, mais dois ou três salários que saíram todos do mesmo bolso, o bolso do distinto povo trabalhador”, argumenta.

 

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