Agentes da Delegacia Fazendária (Defaz) cumpriram dois mandados de condução coercitiva contra dois servidores da Prefeitura de Várzea Grande, esta manhã. Ambos são suspeitos de cobrar propina de empresas privadas para dar baixa em cobrança de impostos feitas pelo município.
Outros oito funcionários foram intimados a comparecer na delegacia para prestar esclarecimentos nos próximos dias. As investigações conduzidas em sigilo pela Polícia Civil indicam um desvio de até R$ 60 milhões dos cofres públicos.
A suspeita é que o esquema tenha iniciada na gestão do ex-prefeito Murilo Domingos (PR) e permanecido na gestão do sucessor, o ex-prefeito Walace Guimarães (PMDB). Ao tomar conhecimento das fraudes, a atual prefeita Lucimar Campos (DEM) encaminhou a documentação aos órgãos de investigação.
As fraudes vieram à tona no começo de 2015 quando houve a troca do sistema da empresa que fazia a gestão dos tributos. Anteriormente, o sistema era administrado por uma empresa, que foi substituída por outra.
Assim que assumiu esta outra empresa realizou um backup no sistema tributário do município detectando que haviam irregularidades. Servidores estariam recebendo propina para dar “baixa” em tributos. O grupo de servidores públicos entrava em contato com empresários de médio e grande porte e oferecia redução de impostos mediante o pagamento de propina.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que não vai se manifestar, pois o inquérito tramita em sigilo.