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Delação de Silval pode reaver até R$ 1 bilhão

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Pode chegar a R$ 1 bilhão o montante a ser devolvido aos cofres públicos por conta do iminente acordo de colaboração premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). A estimativa é feita com base na quantidade de casos de corrupção que poderão ser descobertos e no número de pessoas delatadas pelo político, que, se condenadas, poderão ressarcir o Estado por conta dos desvios. Silval está preso desde setembro de 2015 no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) e, de acordo com fontes ligadas ao Ministério Público Estadual (MPE), estaria negociando o acordo. A defesa do peemedebista nega qualquer tratativa neste sentido e o MPE não comenta o caso.

De acordo com as mesmas fontes, há um impasse envolvendo o valor a ser devolvido por Silval aos cofres públicos. As cifras estariam, atualmente, na casa dos R$ 80 milhões, valor considerado baixo inicialmente. No entanto, o potencial da delação tem sido levado em consideração e, com isso, há a chance do aceite deste valor. Até o momento, não há nada confirmado, nada sacramentado. “Isso está ainda sob avaliação. Pode haver um retrocesso, um aumento no valor a ser devolvido ou até mesmo a confirmação do acordo no patamar atual”, revelou uma das fontes.

Silval já teria apresentado provas que corroboram as informações prestadas por ele ao longo de mais de dois meses, em depoimentos prestados no MPE. Vídeos de encontros realizados no Palácio Paiaguás, entre os meses de fevereiro e novembro de 2014 estão no rol de provas apresentadas pelo político. Parte das informações, por conta do foro, deverão ser analisadas pelo Ministério Público Federal (MPF).

Além da devolução dos recursos e de revelar a participação de outros agentes públicos nos esquemas, Silval deverá confessar sua participação nos episódios. Assim, ele esperaria conseguir reverter as cinco prisões preventivas decretadas contra ele em uma prisão domiciliar. O tempo encarcerado, com diversas decisões desfavoráveis na Justiça, nas mais diversas instâncias, teria pesado a favor do aceite de Silval em fazer a delação.

Embora não tenha firmado o acordo e, por consequência, os termos não tenham sido levados para homologação da Justiça, há uma expectativa grande de que ele comece a colaborar já no próximo dia 16 de maio. Neste dia, ele será ouvido na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, em uma das ações derivadas da Operação Sodoma.

Enquanto isso, a defesa do ex-governador segue negando qualquer tratativa para uma eventual colaboração. “Silval Barbosa vem se defendendo de todas as imputações formuladas desde o início da Operação Sodoma, tendo orientado sua defesa técnica a continuar recorrendo às instâncias superiores na tentativa de demonstrar tanto a desnecessidade da custódia, seu prolongamento excessivo, quanto a nulidade dos atos processuais praticados no bojo da citada operação”, afirmam os advogados Valber Melo e Ulisses Rabaneda. O MPE informou, por meio de sua assessoria, que o processo de colaboração possui natureza sigilosa e que, portanto, não pode e nem deve ser tratado publicamente, sob pena de prejudicar todo o trabalho desenvolvido.

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