A defesa de Alan Malouf confirmou, por meio de nota, que o empresário prestou depoimento, ontem, na sede do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Havia boatos de que Malouf poderia firmar uma delação premiada com o órgão, porém, a assessoria de imprensa dele não confirmou esta informação pela nota.
“Como o processo corre em segredo de justiça, o teor do depoimento é sigiloso e as manifestações da defesa ocorrerão somente nos autos do processo. O empresário já apresentou bens como forma de garantir o juízo para eventual ressarcimento, até que se encerre o processo”.
“Reiteramos que desde o início das investigações ele está à disposição das autoridades, tendo, inclusive, se apresentado espontaneamente para o cumprimento da decisão que determinou sua prisão, demonstrando que não irá atrapalhar qualquer investigação, bem como tem prestado as informações solicitadas para o esclarecimento dos fatos”.
Conforme Só Notícias já informou, o empresário foi preso, esta semana, após a deflagração da terceira fase da operação Rêmora. Ele é acusado montar um esquema para fraudar licitações no âmbito da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O chefe do Gaeco, promotor Marco Aurélio de Castro, confirmou que uma nova denúncia também será apresentada contra Alan.
O ex-secretário de Estado de Educação (Seduc), Permínio Pinto (PSDB), admitiu, na quinta-feira, durante depoimento para a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que algumas das denúncias sobre corrupção na pasta são verdadeiras. Ele confirmou que recebeu propina do empresário Alan Malouf, preso ontem, acusado de envolvimento no esquema de corrupção da secretaria. "O último recebimento que tive foi dele, cerca de R$ 20 mil a R$ 25 mil", afirmou Permínio. A juíza Selma Arruda perguntou se seria um complemento ao salário e o ex-secretário negou. “Isso não existe. Apesar de que no meu holerite vinha um salário de R$ 13 mil. Eu acho muito pouco”.