O ministro Luiz Fux, do STF, ordenou o afastamento do deputado Gilmar Fabris (PSD) do mandato e determinou sua prisão. Policiais federais estão, neste momento, tentando cumprir o mandado. Eles já fizeram buscas e apreensões no apartamento de Fabris, esta manhã, em Cuiabá. Ontem, no início da Operação Malebolge, que investiga a delação premiada feita pelo ex-governador Silval Barbosa que deputados e ex-deputados recebiam mensalinho como propina, teria sido encontrada uma gravação onde trecho do conteúdo remeteria para suposta obstrução de investigação por parte de Fabris o que teria motivado pedido de prisão atendendido pelo ministro.
Fabris não estava em seu apartamento ontem quando foi deflagrada a operação e teria saído com alguns documentos que poderiam ser 'alvo' das apreensões. Há pouco, ao Mídia News, Fabris declarou, por telefone, que está retornando a Cuiabá para se apresentar na superintendência da Polícia Federal. "Não procede a acusação da Polícia Federal. Sempre saio de casa por volta das 5h30 da manhã. E também não retirei nenhum documento de minha residência, tanto é que ficaram joias de minha esposa e relógios de minha propriedade no cofre do apartamento", disse o parlamentar
Federais já fizeram, ontem, buscas no gabinete de Fabris, na Assembleia, bem como nos gabinetes de outros seis deputados. A Procuradoria Geral da República havia solicitado afastamento de sete parlamentares mas o ministros Luiz Fux não autorizou.
A assessoria divulgou nota, há pouco, informando que Fabris estava em Rondonópolis, cumprindo agenda política, e "nega que tenha agido para destruir provas ou obstruir a justiça". Informa também que está "disposto a colaborar com as investigações da Procuradoria Geral da República para estabelecer a verdade dos fatos” e cita que "a legislação autoriza a prisão de parlamentares somente em caso de flagrante ou crime inafiançável o que não se enquadra no caso e será questionado pela defesa".
Em instantes mais detalhes
(Atualizada às 11:12h)