Até ontem, apenas o senador Jaime Campos (DEM/MT) havia assinado o pedido de convocação do ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, que se encontra envolto em recebimentos de somas vultosas a título de consultoria que, segundo suspeitas seriam promovidas através do tráfico de influência que o mesmo sempre teve em relação aos governos do ex-presidente Lula e da atual presidente Dilma Rousseff.
Já os outros senadores que são da base governista, Pedro Taques (PDT) e Blairo Maggi (PR), estão até o momento reticentes em manifestar qualquer tipo de investigação quanto às ações do ministro que podem repercutir no Palácio do Planalto e afetar a própria presidente da República.
Pressionado, o senador Pedro Taques (PDT) já admitia a quem o procurava que poderia assinar o pedido diante da falta de esclarecimentos por parte do ministro que falou à imprensa na semana passada mas não teria sido bastante convincente em suas explicações.
A tendência de ambos os senadores é que aguardam a manifestação do Procurador da República, Roberto Gurgel, que recebeu informações do próprio Palocci. Nos corredores do Congresso Nacional, as especulações são de que o procurador da República deve determinar o arquivamento das investigações sob o argumento de que não há como apontar ilegalidade nos recebimentos de consultoria feitos pelo ministro.