A Comissão Parlamentar de Inquérito que apura irregularidades na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (CPI da Sema) adiou esta quinta-feira o encerramento da coleta de depoimentos de servidores, empresários do setor madeireiro, denunciados em esquemas fraudulentos de extração de madeira e outras pessoas arroladas para falar sobre a questão ambiental em Mato Grosso.
O secretário de Meio Ambiente, Luiz Henrique Daldegan, depôs esta tarde mas ainda faltaram questões para serem esclarecidas e volta a depor nesta 5ª à tarde. 24 das 49 perguntas elaboradas pela equipe técnica da Comissão foram respondidas por Daldegan, o que tornaria o trabalho incompleto, uma vez que, juntando mais as perguntas feitas pelo deputado e vice-presidente da CPI, Walter Rabello, o número de questionamentos passa de 60.
Daldegan defendeu hoje que a Sema integre o Núcleo Sistêmico Agroambiental, juntamente com o Intermat (Instituto de Terras), Indea ( Instituto de Defesa Agropecuária) e Empaer (Empresa de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural) e acabou sendo criticado pelo presidente da CPI, José Riva. Ele disse que a estrutura da Sema já é complicada, tem vários entraves e, inserida no núcleo, poderia ficar ainda pior.
O secretário deve apresentar, nesta quinta-feira, um balanço do volume de verbas que a Sema precisa para ter um orçamento próximo da realidade e de quantos servidores devem ser contratados.
O relatório da CPI sobre falhas operacionais na Sema, supostas irregularidades, questões envolvendo extração ilegal de madeira, créditos virtuais e outras questões deve sair em dezembro.