A cúpula do PSB em Mato Grosso descartou a desfiliação dos correligionários da sigla em decorrência do retorno do deputado federal Valtenir Pereira à presidência regional do partido. Além disso, também negou que vá cumprir a orientação do novo líder partidário, de querer levar o PSB para o grupo de oposição ao governador Pedro Taques (PSDB).
A decisão ocorreu após reunião na Assembleia Legislativa para discutir a situação do grupo político ligado ao PSB. Foi decidido que não haverá mudança na posição em relação ao governo do Estado, “em virtude dos últimos acontecimentos”.
Foi deliberado ainda que os correligionários permanecem no partido e tentarão ocupar novamente a vaga da presidência através das eleições.
Isto porque Valtenir assumiu a presidência por indicação da Nacional para ocupar a vaga deixada pelo deputado federal Fábio Garcia, destituído pela direção nacional, após votar favoravelmente à reforma trabalhista do presidente Michel Temer (PMDB), contrariando decisão partidária.
Com a imposição de Valtenir, a cúpula admitiu que pode acionar a Justiça para evitar que ele fique na presidência, já que não foi eleito democraticamente. “Vamos permanecer no PSB, lutar para retomar o nosso espaço de forma democrática, através de voto nas eleições dos diretórios municipais e estadual. Não iremos abrir mão de nossos direitos e buscaremos a justiça, caso necessário, para que os mesmos sejam assegurados”.
Ainda segundo a cúpula, a prioridade do grupo é “permanecer unido e marchar juntos na busca de uma solução para todos”. Até o momento, somente o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta, se desfiliou do PSB sob a alegação de que não se sente representado pelo partido após a chegada de Valtenir.
“Continuaremos tratando a todos do PSB com o mesmo respeito de sempre, atuando de forma democrática, respeitando a vontade da maioria, compreendendo as divergências e buscando sempre o consenso”.