O presidente do Democratas em Mato grosso, Fábio Garcia, e o vice-presidente do partido e ex-governador, Júlio Campos, disseram que não aceitaram o pedido do deputado estadual Dilmar Dal Bosco para ser expulso da agremiação. Os dois afirmaram que sequer cogitaram a possibilidade e, ontem mesmo, promoveram reuniões no Palácio Paiaguás e na Assembleia para amenizar os ânimos. Ambos saíram satisfeitos. Durante o dia, Dilmar participou da sessão plenária da Assembleia Legislativa que tentou votar a reforma da previdência e continuou atuando como líder do governo no parlamento.
Segundo Júlio, foi feita uma força-tarefa, que reuniu o governador Mauro Mendes, o senador Jayme Campos, o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, além dele e de Garcia, para discutir a situação. Só após isso é que se dirigiram do Palácio Paiaguás para o gabinete de Dilmar.
“Viemos para a Assembleia fazer um apelo para o deputado Dilmar Dal Bosco, que é uma grande liderança, permanecer no partido. Ele pode até encerrar sua missão como líder do governo por problemas de descontentamento interno de certas atividades, mas não deixar o partido. E ele terminou concordando em retirar o seu pedido, que foi indeferido de pronto”, explicou Júlio Campos.
Fábio Garcia reafirmou a posição de Júlio e disse que a decisão de rejeitar a desfiliação do deputado foi tomada “de pleno” na reunião realizada no Palácio Paiaguás “por entender que Dilmar Dal Bosco é uma grande liderança política, um grande quadro do Democratas” e que o partido conta com ele para as eleições municipais deste ano.
“[Durante a reunião na Assembleia] Chegamos a um entendimento e um consenso de que o melhor para todos nós era que o Dilmar continuasse no partido. Ele cedeu, atendeu ao nosso pedido, ao nosso apelo e continuará junto conosco filiado ao Democratas”, completou Garcia.
Conforme Só Notícias informou, Dilmar alegou questões pessoais para entregar uma carta pedindo sua expulsão do partido pelo qual milita desde a sua primeira eleição, em 2010. Sendo expulso, ele poderia manter o cargo na Assembleia, que, pela legislação eleitoral, pertence ao partido.