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Cuiabá: viúva de braço direito de Riva revela esquema na Assembleia

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O ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), será interrogado pela justiça, esta tarde, no processo movido pelo Ministério Público Estadual no qual é investigado o suposto rombo de R$ 62 milhões no Parlamento Estadual e que resultou na prisão dele (mais de 100 dias). Riva está acompanhado de dois advogados. Também deve depor, esta tarde, os deputados Wagner Ramos (PR) e Pedro Satélite (PSD), que são testemunhas de defesa do ex-presidente.

Como têm foro privilegiado, os parlamentares escolheram esta data para falarem com a juíza Selma Rosane de Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá.

Riva é acusado de ser o coordenador-mentor de um suposto esquema de fraude na execução de contrato licitatório entre a Assembleia Legislativa e empresas possivelmente fantasmas para o fornecimento de materiais de expediente e artigos de informática no período de 2005 a 2009, quando assumiu os postos de presidente e primeiro secretário da mesa diretora.

A primeira a depor é Cleonice Bernadete Adams, viúva de Edemar Adams, considerado o “braço direito” de Riva. Ela alegou que o marido obedecia ordens diretas do ex-deputado. Que ele prestava contas a ele e que antes de morrer, deixou documentos em um pendrive que deveria ser entregue a Riva.

Ela disse que quando Edemar começou a trabalhar na Assembleia o esquema de determinadas empresas vencerem as licitações já existia. Apontou que o ex-deputado, por meio de bilhetes, determinava as ordem de como Edemar deveria agir, do dinheiro que as empresas tinham que devolver e outros procedimentos.

Ela afirma que 75% dos valores das licitações eram devolvidos ao então presidente da Assembleia. A viúva também citou o nome de algumas empresas envolvidas no esquema.

A viúva disse não saber quanto o marido recebia por participar das operações fraudulentas, mas acrescenta que eram valores elevados diante do padrão de vida que detinham à época. Ela não soube dizer valores. Os representantes do MPE fazem perguntas para a viúva. Uma das perguntas é sobre o filho dela trabalhar na Assembleia. Cleonice diz que o filho trabalha com a deputada Janaína Riva.

Cleonice disse que o marido fazia pagamentos a factoring de Júnior Mendonça. Ela diz que o marido recebia aproximadamente R$ 20 mil e também revelou que teve os bens bloqueados.

 (Atualizada às 15h30)

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