Com a possibilidade de ser alvo da comissão de ética da executiva municipal do PSB, que avalia o parecer da consultoria jurídica que prevê até a possibilidade de punição com exclusão da sigla, o vereador Onofre Júnior afirma que já possui motivos mais do que suficientes para deixar a legenda com justa causa, sem a possibilidade de perder o mandato. "Acho que o partido já me deu justa causa para deixá-lo: perseguição, discriminação, uma porção de coisas ruins que o partido vem cometendo contra mim e Faissal", destacou Onofre.
Apesar disso, ele afirma que não pensa em deixar o partido. "Existem dois PSBs. De um deles, eu quero ficar bem longe". De acordo com ele, a legenda precisa passar urgentemente por uma reformulação na sua executiva municipal.
Até 1º de janeiro, o diretório de Cuiabá era presidido pelo prefeito Mauro Mendes (PSB). Foi sob seu comando que a sigla editou a resolução que determinou à bancada que votasse em candidatos da base aliada ao socialista para a Mesa Diretora. Onofre chegou a colocar seu nome na disputa, mas sem apoio da própria legenda para viabilizar sua candidatura, passou a integrar a chapa encabeçada pelo oposicionista João Emanuel. Faissal também votou no grupo que disputou contra a chapa liderada por Adilson Levante (PSB).
A ação foi considerada gravíssima pelo partido, que solicitou um estudo jurídico acerca das possibilidades de punição. A medida está sendo estudada pela comissão de ética, instaurada na semana passada por militantes ligados à executiva municipal.