O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Orestes Dalazen, participou de ato público do Programa Nacional de Prevenção a Acidentes de Trabalho na arena Pantanal, em Cuiabá, e cobrou maior responsabilidade, tanto das empresas quanto dos trabalhadores envolvidos nas obras da copa. Ele apresentou dados preocupantes de mortes nos canteiros de obras. Em 2010, diariamente, em média 150 acidentes foram registrados em canteiros de obras. O setor de construção registra o maior número de óbitos. "De 2001 a 2010 o número de acidentes de trabalho duplicou. A média no ano passado foi de 7 mortes por dia e o setor de construção civil registra o maior número".
Dalazen destacou a necessidade da prevenção para reduzir estes números e que mais vidas se percam. "Em todos os acidentes, quando constatada a culpa dos empregadores, há a condenação e pagamento de indenização. Mas não é só isso, há outros prejuízos para as empresas, que podem até ser embargadas. E isso tudo pode ser evitado com a prevenção, que tem custos bem menores".
O governador Silval Barbosa lembrou o empenho do Estado em cobrar, das empresas que executam os projetos para a Copa, de cumprirem com as normas de segurança nos canteiros. "Nós estamos em um Estado que cresce 10% ao ano, alguns municípios até mais que isso, como Lucas do Rio Verde que cresce 30%. Mas não podemos esquecer destes números e executar ações para reduzi-los".
Cuiabá foi a terceira cidade sede da copa a receber o ato público do TST. Todas as 12 receberão as ações para conscientizar as empresas e trabalhadores.
O goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, era esperado no evento mas sua particiapção acabou sendo cancelada de última hora.