O desembargador Marcos Machado vai analisar pedido da defesa do vereador João Emanuel (PSD), preso ontem, sob acusação de estelionato, grilagem de terras, adulteração de documentos, falsidade ideológica. Ele está na cela da Polinter, na capital. O advogado Eduardo Mahon, disse que entrará com uma representação contra a juíza Selma Rozane Arruda, da Vara Especializada Contra o Crime Organizado porque, "ao analisar a decisão dela fica claro o envolvimento e parcialidade”. Ele classificou a ordem de prisão como "arbitrária e abusiva".
O assessor do vereador, Amarildo dos Santos, está ne penitenciária do Estado. A assessoria do Ministério Público inforam que Marcelo de Almeida Ribeiro e André Luis Guerra Santos estão sendo procurados.
Conforme o Gaeco, mesmo tendo sido afastado liminarmente da função de Presidente da Câmara de Vereadores da Capital, mas por ainda deter o mandato, João Emanuel utilizou de todas as formas possíveis para atrapalhar a coleta da prova, bem como uniformizar os depoimentos que seriam colhidos na investigação. Até mesmo a notícia da existência de um vídeo que o inocentava foi veiculada em alguns meios de comunicação. Os promotores alegam que o material não altera em nada os fatos criminosos narrados na denúncia e foi apresentado a justiça pelo próprio Gaeco.
Durante as investigações, foi apurado que João Emanuel não praticava crimes apenas no âmbito da Câmara Municipal. Com a ajuda dos comparsas Marcelo Ribeiro e André Luis Guerra aplicavam, também, “Golpes do Finan”.
Nessa modalidade criminosa, os golpistas se utilizavam de terceiras pessoas que não possuem o nome sujo na praça e solicitavam empréstimos bancários em seus nomes, dando como garantia bancária documentos de veículos não alienados, por vezes falsificados, contraindo dívidas junto a instituições financeiras que não são honradas.
André e Marcelo tiveram participação no famoso caso do falso morto que compareceu em uma audiência no Fórum de Várzea Grande e obteve autorização da Justiça para sacar de uma conta bancária, cujo titular já havia falecido, o valor de R$ 8 milhões.
O Gaeco ressalta que os fatos relacionados ao desvio de dinheiro da Câmara Municipal autorizando serviços gráficos pela Propel, encontram-se em fase final de investigação e será objeto de nova denúncia.