O prefeito reeleito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), que ontem (26) alcançou 60,47% dos votos válidos, vai administrar um orçamento de R$ 998 milhões em 2009. A maior parte dos recursos – R$522 milhões – é oriunda das chamadas transferências constitucionais e também incluem investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
De acordo com o secretário de Planejamento da cidade, Guilherme Müller, a crise financeira internacional ainda não deu sinais de que terá reflexos no município, mas a diminuição na arrecadação de Imposto sobre Comercialização de Mercadorias e Serviços (ICMS) pode reduzir as receitas da capital mato-grossense.
“Vai depender do que acontecer no Brasil. Por enquanto, não há clareza sobre o que vai acontecer. Em 20 anos, Mato Grosso já passou por várias crises. E tem capacidade para passar por essa, se for preciso, sem maiores dificuldades”, analisou Müller, em entrevista à Agência Brasil.
Na avaliação do secretário, a economia do estado, fortememnte baseada no agronegócio, está menos vulnerável que a de estados mais industrializados. “A demanda por commoditties não diminui tanto com a exportação de bens industrializados”, argumentou.
As prioridades para 2009 em Cuiabá são investimentos em saúde e infra-estrutura, com obras já programadas em hospitais e clínicas, além de asfaltamento de vias, saneamento e ampliação da rede de abastecimento de água.
Segundo Müller, a aplicação dos recursos é definida junto com a população, por meio de audiências públicas do chamado Orçamento Participativo.
Em relação às parcerias do município, Müller classificou como “excelente” a relação com o governo federal e evitou maiores comentários sobre os acordos com o governo do estado, conduzido por Blairo Maggi, adversário político dos tucanos em Cuiabá. “No geral, temos alguns convênios. É claro que no período eleitoral as coisas ficaram mais tensas”, comentou.