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Cuiabá: servidores de unidade médica são contra gestão por OSS

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Servidores do Centro Integrado de Atenção Psicossocial (Ciaps) Adauto Botelho são contra a implantação das Organizações Sociais de Saúde (OSS) na unidade e propõe a gestão descentralizada como solução para os problemas enfrentados pelo hospital, como a dificuldade na compra de medicamento e na contratação de mão de obra. O documento já foi entregue ao Conselho de Estado de Saúde e será protocolado na Secretaria de Estado de Saúde (SES). O secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry, anunciou que o Adauto Botelho está entre os hospitais que serão administrados pelo novo modelo, como o Metropolitano de Várzea Grande e o Regional de Rondonópolis, que já tiveram o processo concluído. A Central de Medicamentos também teve o chamamento público aberto esta semana para a contratação de uma OSS para assumir a gestão do armazenamento e distribuição do setor.

No documento, os funcionários alegam que não terão melhorias nos salários e nem no atendimento, já que a referência para o atendimento psiquiátrico no Brasil está no sistema público de saúde. Outro ponto é com relação ao pagamento, que chega a ser 3 vezes a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), o que torna a gestão cara.

Especialistas em saúde pública explicam que a proposta dos servidores é viável e está de acordo com as diretrizes do SUS. Com uma administração descentralizada, o recurso entra na conta do hospital que faz compras conforme a demanda.

Atualmente, sob direção do Estado, a unidade é vincula à SES e tem todos os pedidos de insumos feitos ao Estado e comprados pela Secretaria de Estado de Administração (SAD). As aquisições são feitas em grandes lotes e acabam passando pela burocracia.

Entre as vantagens do sistema descentralizado está a possibilidades de firmar convênios com cursos técnicos e faculdades para a formação de profissionais de maneira mais rápida. Hoje, todas as instituições precisam entrar com um processo na SES e pedir a anuência do secretário.

Os servidores vão se reunir esta semana para formalizar os líderes das negociações e discutir as estratégias. Eles afirmam que assim poderão apresentar-se sem correr o risco de serem vítimas de assédio moral.

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