“Burocracia atrai crise”. A afirmação foi feita pelo professor e jornalista João Forni, durante o I Seminário de Comunicação dos Tribunais de Contas do Brasil, realizado na Escola de Contas. A palestra, que discutiu como lidar com crises de imagem, foi assistida por conselheiros, assessores de imprensa e profissionais de comunicação de todo o país.
Segundo uma pesquisa americana apresentada por João Forni, 64% das crises em instituições públicas ou privadas ocorrem porque os sinais de alerta sobre riscos potenciais são ignorados. Os dados são o resultado de uma coleta de informações feita por uma empresa que analisou crises ocorridas em todo o mundo entre os anos de 1999 e 2008.
“Os administradores de qualquer tipo de instituição precisam ter consciência que a demora ou a omissão no fornecimento de informações pode ser fatal em um momento de crise”, afirmou Forni.
O jornalista e ex-senador Antero Paes de Barros foi um dos debatedores e falou sobre a importância de um trabalho permanente de construção da imagem pública, tanto perante a imprensa quanto perante a sociedade. “Não podemos resolver cuidar da floresta quando as árvores já estão derrubadas”, exemplificou Antero.
Em pauta, crises recorrentes na mídia nacional como as do Senado, da empresa Air France e da Receita Federal. Para o consultor de marketing Kleber Lima, “depois que uma crise se instala, é preciso detectar onde está o problema para depois tomar tomar as providências necessárias, mas tudo no período mais curto possível”.
O seminário, organizado pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso em parceria com o Programa de Modernização do Sistema de Controle Externo dos Estados, Distrito Federal e Municípios Brasileiros (Promoex), segue durante toda sexta-feira, 28 de agosto.