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Cuiabá: PTB estuda indicar primeira-dama como vice de Maluf

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Setores do PTB de Cuiabá querem indicar a primeira-dama do município, Norma Galindo, como candidata à vice-prefeita na chapa a ser encabeçada pelo deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB). A indicação é uma forma de manter a aliança que se estende desde 2004 e poderia garantir espaço aos petebistas na eleição de outubro.

O nome de Norma foi sugerido durante reunião realizada na noite desta terça-feira (22), quando o prefeito Chico Galindo confirmou perante correligionários que não disputará a reeleição. O vereador Clovito Hugueney também foi lembrado na ocasião, já que o chefe do Executivo prometeu não intervir na decisão da esposa, mas ressaltou que esse não é o projeto da família dele no momento.

"O prefeito avisou que não quer realmente ser candidato e, diante disso, alguns pré-candidatos a vereador ressaltaram a importância de termos alguém na chapa majoritária para alavancar o partido. Foi nesse sentido que falaram o nome da primeira-dama e o meu nome", explica Clovito. Com a sinalização do prefeito no sentido da família não lançar nenhum concorrente, o parlamentar admite interesse na disputa. "Sou partidário. Se essa for vontade da maioria, aceito sim a missão".

O deputado estadual Guilherme Maluf já admite possibilidade de ceder a vaga de vice ao PTB. Alega que isso seria natural diante da proximidade das duas legendas e principalmente porque já havia sinalização para um acordo em que o PTB seria cabeça de chapa caso Galindo tivesse interesse em pleitear mais um mandato. Nesse caso, os tucanos indicariam um vice. Isso seria até uma forma de retribuir o que já ocorreu em 2008, quando os petebistas indicaram Galindo para formar chapa encabeçada pelo ex-prefeito Wilson Santos, que renunciou à cadeira em 2010 para disputar sem sucesso o governo do Estado.

A possibilidade do PTB indicar Norma como candidata a vice de Maluf levantou ontem muitas discussões no meio político, já que alguns teorizaram sobre a necessidade de Galindo ter que se desincompatibilizar do cargo com pelo menos 6 meses de antecedência para não tornar a primeira-dama inelegível. "Mas isso não será necessário. O artigo 14, parágrafo 7º da Constituição Federal permite a esposa do prefeito se candidatar desde que o cônjuge não esteja no segundo mandato. O objetivo disso é impedir que algumas famílias driblem o instituto da reeleição e fiquem se revezando no poder", afirma o advogado Ronan OIiveira. O advogado José Luis Blaszak, ex-presidente da Comissão de Direito Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), também concorda com a tese.

Essa discussão sobre as implicações jurídicas de candidatura de cônjuges já ocorreu em 2002, quando Rosinha Garotinha (PMDB) foi eleita governadora do Rio de Janeiro sucedendo o marido, Anthony Garotinho, que estava apenas no primeiro mandato, mas preferiu lançar a esposa diante da forte rejeição à época. "A questão é que, nesse caso, o primeiro mandato dela já foi considerado como uma reeleição na família. Ela não poderia pleitear mais um mandato", completa Ronan.

Além do PTB, Maluf também vem se aproximando ao DEM, que tem a ex-primeira-dama Iraci França como opção para formar chapa indicando-a como vice. Os democratas, no entanto, ainda alimentam o sonho de ter um concorrente próprio na disputa pelo Palácio Alencastro.

Maluf é um dos pré-candidatos mais avanços na tentativa de viabilizar chapa, já que não encontra resistência no PSDB e tem interesse de aliados em ocupar vaga na chapa. Lúdio Cabral, que ofereceu vice na chapa para o PDT, ainda terá que obter aval do PT nacional para entrar no páreo, mesmo tendo apoio da maioria dos filiados em Cuiabá. O PSB do empresário Mauro Mendes e o PMDB do governador Silval Barbosa também falam em disputar a prefeitura da capital, mas ainda não sinalizam no sentido de qual chapa terão em outubro.

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