A aliança multipartidária formada em torno da candidatura do então senador Pedro Taques (PDT) ao governo do Estado, em 2014, resultoUu, hoje, na migração, oficial, do PSDB para base de sustentação ao prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), na câmara. 3 vereadores tucanos reforçam a base aliada. Maurélio Ribeiro, Ricardo Saad e Lueci Ramos, fizeram oposição e críticas, principalmente, na área da Saúde. Mas nas votações seguiam a base governista. Com a migração dos tucanos, o prefeito expande e consolida maioria absoluta na casa, o que vem ocorrendo desde a cassação de João Emanuel Moreira Lima (PSD), ex-presidente da mesa diretora. Agora, segundo presidente do PSDB em Cuiabá, ex-deputado estadual Carlos Avalone, a legenda deverá contribuir na área da Saúde.
Sustentando distanciamento das questões eleitorais, o prefeito Mauro Mendes garante que, neste primeiro momento, a adesão do PSDB nada tem a ver com eleições. O socialista afirma que ainda não se decidiu sobre uma candidatura à reeleição, o que só será tratado no próximo ano. “Não discutimos esse momento eleitoral de 2016. O PSDB vem para contribuir com a estabilidade política”, afirmou.
Ele ainda negou que a aproximação com os tucanos tenha debatido, até o momento, a indicação de cargos na prefeitura e no secretariado. “Não faço alterações somente por questões políticas. Conheço alguns quadros do PSDB e, se tiver que haver alguma mudança, vou analisá-los. Mas não houve negociação deste tipo”.
Os dois partidos estavam juntos na eleição passada, apoiando Pedro Taques. A convergência política é resultado de um diálogo que continuou após o pleito e ocorre justamente no momento em que Taques estuda sair do PDT para se filiar ao PSDB ou ao PSB, sendo que a sigla tucana, nos bastidores, é tida como a mais provável. Se isso se concretizar, Taques já entrará no PSDB livre do embaraço de ter seu novo partido fazendo oposição a Mendes, aliado de primeira ordem do governador, a quem o ainda pedetista declara apoio na candidatura à reeleição.
A mudança de postura do PSDB no âmbito político da Câmara, de oposição para situação, não conta com o apoio do líder do governo estadual na Assembleia Legislativa, o deputado tucano Wilson Santos, com quem Mendes já disputou tanto o governo estadual como a prefeitura, em eleições anteriores. Ele defende abertamente que o partido deve ter nas eleições de 2016 candidatura própria nas cidades com mais de 200 mil eleitores.
Além de Avalone a ex-deputada Thelma de Oliveira e o secretário de Governo, Kleber Lima, participaram da solenidade