O procurador Geral da República em Mato Grosso, Ronaldo Pinheiro Queiroz, integrante da força-tarefa criada pelo Ministério Público Federal (MPF), para atuar nas investigações da Operação Ararath, informou, esta tarde, que novas denúncias contra autoridades do Estado, devem surgir até o próximo mês. Podem ser atribuídos outros tipos de crimes, diferentes desses que estão em processo de finalização de inquérito como empréstimos fraudulentos que beneficiaram políticos e empresas e estavam sendo pagos com dinheiro público.
Os réus neste processo são o ex-secretário de Estado de Fazenda e chefe da Casa Civil, Eder Moraes (PMDB), sua esposa, Laura Tereza da Costa Dia, o ex-secretário adjunto de Infraestrutura, Vivaldo Pereira Lopes e o superintendente da Bic Banco de MT, Luiz Carlos Cuzziol.
As denúncias contra eles se referem aos crimes de lavagem de dinheiro e contra o sistema financeiro. “A força-tarefa tem investigação em andamento. Eu acredito que no prazo de um mês saiam mais denúncias. Pode haver outros desdobramentos diferentes desses, que fazem parte do inquérito desses réus”.
Hoje foi realizada a segunda etapa de oitivas das testemunhas de defesa dos acusados, Vivaldo e Cuzziol. Três compareceram na sede da Justiça Federal, em Cuiabá, a favor do ex-secretário adjunto e quatro de São Paulo, por meio de videoconferência, prestaram depoimentos a favor do superintendente da Bic Banco. A audiência começou às 13h30 e encerrou às 19h.
O procurador não descartou, que após as outras três oitivas, marcadas para acontecer nesta sexta-feira (25), 31 de julho e 1º agosto, a justiça peça diligências. “Após as oitivas das testemunhas de defesa e o interrogatório dos réus, pode surgir diligências para este processo”, declarou sem mencionar mais detalhes.