Diante do pedido de seu afastamento da presidência da Câmara de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima (PSD) anunciou a instauração de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) em face dos vereadores que assinaram o requerimento. Em plenário, ele declarou que os ataques à sua moral seriam investigados como determina o Regimento Interno.
Já em relação às CPIs arquivadas, que questionam alteração no texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), encaminhamento da Lei de Uso e Ocupação do Solo e suposto acréscimo de emendas à lei que regulamentou o parcelamento dos débitos para o Mutirão da Conciliação da Prefeitura de Cuiabá, ele promete instaurar sindicância para apurar supostas irregularidades.
Ao que tudo indica, a discussão deve parar nos tribunais. A base tenta adiar o ingresso de medidas judiciais para obrigar a instalação das CPIs, mas não descarta a hipótese. Para isso, ambos os lados já reforçam suas equipes.
A bancada governista conta com a assessoria do ex-procurador do Município e ex-vereador José Antonio Rosa, enquanto a Mesa Diretora recorreu aos serviços do advogado Eduardo Mahon. Preparados para uma guerra judicial, os grupos negam investidas na Justiça e garantem que procurarão uma solução interna para os conflitos criados. Mas o embate vai além e já começa a se manifestar nas esferas partidárias. Na órbita dos últimos acontecimentos, circulam pedidos de cassação de mandato e destituição de função.
Enquanto isso, prevalece a troca de acusações entre oposição e situação. De um lado, a base afirma que o pedido de afastamento se deve à falta de respeito diária sofrida pelos parlamentares, já a presidência garante que o que houve não passa de uma tentativa de golpe arquitetada pelo Executivo.