Uma reunião com o grupo de oposição também deve, acontecer hoje, em Cuiabá. A pauta, além do pleito eleitoral deste ano, será a aliança entre os partidos que compõe o bloco. O senador Jayme Campos (DEM) destacou que será decisiva ao seu projeto pessoal de reeleição, já que não estava contente com a forma que o senador e pré-candidato ao governo, Pedro Taques (PDT) vinha conduzindo as conjecturas e ameaçou deixar o grupo. Contudo, a situação aparentemente está contornada, uma vez que o principal problema era por conta da vinda do PR ao arco.
O parlamentar afirmou que dependendo dos diálogos, o DEM pode continuar no projeto de candidatura de Taques ao Palácio Paiaguás, ou, romper com o arco oposicionista e lançar a terceira via. Questionado se seria o cabeça da chapa majoritária, lançando seu nome como candidato a cadeira do Executivo estadual, ao qual ele comandou na década de 90, o parlamentar ponderou e disse que tudo será discutido de forma consciente e madura.
Segundo o próprio, caso o DEM rompa com Taques, ele já conta com o apoio de 6 a 8 partidos, dentre eles PSDB e PTB, que já sinalizaram descontentamento com o grupo.
“Hoje acontecerá uma reunião com o senador Pedro Taques e hoje mesmo já terei um posicionamento. Dependendo dos diálogos vou catar meu rumo, porque as convenções estão se aproximando e precisamos amadurecer as conversas e ter um posicionamento logo. Não vou confirmar (terceira via), mas sei que não vou sozinho, pois contamos com o apoio de 6 a 8 partidos. Estou fazendo o meu trabalho, viajando ao interior e fortalecendo meu projeto, mas hoje a noite saberei se vou catar meu próprio rumo ou não”.
O arco de oposição ao governo sofre um impasse desde o começo do ano. Primeiro por conta do “namoro” do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB) que queria trazer o PR ao bloco, situação essa que causou crise com os demais partidos que não concordavam com a vinda dos republicanos, principalmente pela parte de Jayme, já que o deputado federal, Wellington Fagundes (PR) é pré-candidato ao Senado. Depois foi a vez do PTB que chegou a romper com o arco e lançou o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), Luiz Antônio Pagot.
O prefeito de Rondonópolis (212 km ao sul da capital), Percival Muniz (PPS) também passou por um enfrentamento pela vaga de vice de Taques. Ele queria emplacar a sua esposa, Ana Carla Muniz na chapa majoritária. Agora, o PSDB, através do deputado federal, Nilson Leitão declarou que não aceita o nome da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), no palanque da oposição.