A Justiça Federal de Mato Grosso informou ter autorizado mandados de busca e apreensão contra 59 pessoas, entre físicas e jurídicas. Além disso, ocorreram outras 30 conduções coercitivas (medida que faz com que a pessoa em questão seja levada para prestar depoimento) e duas prisões, a do deputado estadual José Riva (PSD) e do ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes. As outras medidas foram expedidas pelo Superior Tribunal Federal (STF).
A quinta etapa da operação Ararath, da Polícia Federal, investiga um esquema criminoso que pode ter ramificação em todos os poderes constituídos no Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário). O Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas do Estado, prefeitura de Cuiabá e as residências do prefeito Mauro Mendes (PSB) e do governador Silval Barbosa (PMDB) foram alvos da operação. Além de vários empresários.
A pedido da Procuradoria-Geral da República o Supremo Tribunal Federal proibiu a Polícia Federal de dar qualquer tipo de informação sobre o andamento da ação policial. Devido a isso, as informações são levantadas com base em informações de advogados dos acusados.
A operação foi deflagrada no ano passado e teve outras quatro fases. Em todas, foram apreendidos documentos sobre crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Há a suspeita de que recurso público foi desviado e “lavado” por meio de factorings.
Um dos pivôs desta operação, o empresário Júnior Mendonça, assinou um termo de “delação premiada” para apontar tudo que sabia sobre o esquema em troca de benefícios no processo.