A ideia defendida pelos agentes de trânsito, os amarelinhos, que pretendem ter autorização para usar armas não letais como spray de pimenta ou gengibre e também cassetetes, poderá se tornar realidade muito em breve, uma vez que o prefeito, Mauro Mendes (PSB), declarou ser a favor do uso de arma não letal pelos amarelinhos durante o serviço. Mendes falou sobre o assunto com jornalistas nesta segunda-feira (21) após os amarelinhos terem ido à câmara no dia 15 deste mês pedir apoio dos vereadores para aprovarem uma lei municipal que autorize o uso dos artefatos.
“Temos que ter esse profissional que presta um serviço para a população com os meios e mecanismos necessários para prestar um bom trabalho. O trabalho tem que ser feito com respeito ao cidadão, mas o cidadão também tem que respeitar esses servidores, cidadão que estão ali atrás daquela farda cumprindo um serviço para o bem da própria sociedade”, disse o prefeito.
Ele ressaltou, porém, que o tema precisa ser debatido com calma e não somente porque o assunto está em alta após após internautas registrarem na dia 10 deste mês, uma briga entre o agente de trânsito e um motorista ra rua 13 de Junho, no centro.
“Eu sou a favor que se discuta isso com clareza, de que tenha realmente uma percepção clara de que é o trabalho desse agente, e ser for necessário para o bom desempenho da atividade dele, isso pode até ser feito. Mas não é uma discussão que pode ser feita de forma passional ou emotiva por conta de um incidente que aconteceu.
Sobre o episódio da briga ele classificou como um acidente lamentável e disse que o agente está afastado das funções e uma sindicância foi instaurada para investigar a conduta dele. “Isso não pode ser um ponto pra que a gente possa fazer uma mudança radical, existe um problema grave ai da população. Todo mundo quer que organiza a cidade, todo mundo cobra do prefeito, mas quando multa o carro dele porque estacionou em cima da calçada, o cara vira bicho, xinga o prefeito, xinga os amarelinhos”, justificou.
Em seguida, Mauro Mendes defendeu os agentes e ressaltou que é preciso haver respeito de ambas as partes. “Os amarelinhos são agentes públicos e merecem todo nosso respeito. A gente combate os excessos também e o cidadão tem que ser tratado com respeito da mesma forma. Organizar uma cidade não é um trabalho fácil”, destacou.