Derrotado nas eleições municipais de 2008, o empresário Mauro Mendes, presidente da Fiemt, reeleito para o segundo mandado de três anos, disse que a Prefeitura de Cuiabá não detêm competência e nem credibilidade para dar continuidade as obras do PAC, paralisadas devido a operação Pacenas (Sanecap ao contrário), desenvolvida semana passada pelo Polícia Federal e que culminou com a prisão de onze pessoas, entre elas o Procurador Geral do Municípios, José Antônio Rosa.
Ao participar de um programa radiofônico, na rádio Cidade, Mauro Mendes não deixou de atacar o prefeito Wilson Santos, ao mencionar que em cinco anos ainda não conseguiu concluir a ETA Tijucal e defendeu que o governador Blairo Maggi assuma a responsabilidade de administrar o PAC em Cuiabá, e tocar as obras para que a capital mato-grossense possa se desenvolver para a Copa de 2014.
Se dizendo muito preocupado com toda esta história, Mauro Mendes enfatizou que Cuiabá não pode perder estes recursos, que a cidade precisa e merece estas obras. Mas disparou suas farpas a Wilson Santos, mesmo não citando o nome do prefeito quando disse que tudo que está sendo conduzido pela Prefeitura de Cuiabá está errado. “A ETA Tijucal já foi prometida inauguração cinco vezes. Obra começou a quase cinco anos, uma simples estação. Existe problemas. Prefeitura não detêm competência e nem credibilidade para tocar as obras. Defendo que o governo do Estado assuma estas obras para o bem de todos nós cuiabanos. Com tudo o que já aconteceu, prefeitura não tem competência técnica e nem idoneidade para manter o processo”, completou.
Segundo Mauro Mendes, a prefeitura não fez um edital correto, inquestionável, com a lei. “Não foi feito por três vezes. Tem rolo ai. A justiça não pode fazer as coisas por afogadilho. Por tudo que já foi apresentado, provas, mais cedo ou mais tarde, a justiça vai determinar o cancelamento das obras. O prefeito está antecipando para tentar demonstrar que está isento. Diz que não sabe nada. Como não sabe se é a maior obra de Cuiabá?. Acredita quem quiser”, insinua.
O empresário defende a realização de uma nova licitação, mesmo sabendo que isso vai atrasar ainda mais as obras do PAC na cidade. “Um procurador, vários empresários e servidores públicos estão presos. Foram pegos praticando ato ilegal. O Ministério Público e a Justiça Federal estão certas. É preciso parar tudo. Começar tudo de novo”. A Justiça entendeu que foi um “conluio” entre as partes. Sendo assim a sociedade tem o direito de saber a verdade, quem mente. Volto a repetir que Prefeitura não detêm as condições para tocar as obras, que são importantes para a Copa de 2014. O governo Blairo Maggi precisa tocar as obras. Vamos cobrar isso do governador, fazer interação com a sociedade e o movimento político. Ele precisa assumir a ajudar Cuiabá a garantir os recursos federais e as obras”, finalizou.