Prefeito eleito Mauro Mendes (PSB) terá peso preponderante sobre a eleição da nova mesa diretora da Câmara de Cuiabá, no dia 1º de janeiro de 2013. A posição do deputado João Malheiros (PR) de desistir de assumir a vice- prefeitura deve se tornar a principal "ferramenta" do vereador reeleito, Júlio Pinheiro (PTB), para garantir reforço de Mauro no âmbito das costuras políticas. Com a vaga aberta de vice ocorrerá a evidente projeção do presidente do Legislativo para caso de vacância do gestor, abrindo precedentes para um quadro temeroso no aspecto político. O adversário de Júlio na corrida pelo comando do Legislativo é o vereador eleito, João Emanuel (PSD).
O parlamentar eleito do PSD visitou vereadores na manhãde ontem, buscando respaldo entre a atual composição, para levar os planos adiante. Ele descartou a chance de formar chapa consensual com Júlio Pinheiro, aventada nos últimos dias. No final da tarde, Júlio Pinheiro disse que só haverá consenso se João Emanuel somar forças para chapa encabeçada por ele (Pinheiro).
Júlio, que tem mantido conversas com Mauro Mendes, explicou que só na próxima semana haverá definição do assunto. Destacou encontro entre os parlamentares eleitos do bloco aliado, que somam 13, para escolha do candidato do grupo. Mas não escondeu a torcida para que o gestor eleito aposte em sua candidatura.
Mauro Mendes oficialmente tem preferido não se posicionar. Durante a semana, em encontro para discutir a área da saúde, disse que apoiaria o candidato da base aliada. Ontem, demonstrou mais cautela, ao afirmar que não irá interferir sobre o processo de disputa da nova mesa diretora.
Júlio Pinheiro, por sua vez, levantou até lema de campanha prévio. Disse que se for reeleito, fará gestão ímpar para defesa por melhorias para a Câmara Municipal. Prometeu lutar pelo incremento do duodécimo do Legislativo através de defesa da participação da Casa de Leis na ação da Prefeitura de concessão da Sanecap. No período, a administração garantiu outorga da Cab Ambiental de R$ 115 milhões válida para o primeiro ano de execução dos serviços. Na contabilidade do vereador, o Legislativo tem direito a receber entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões a título de direito em razão da receita corrente líquida do Executivo da Capital mato-grossense.