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Cuiabá: Juíza Selma Arruda presta depoimento no inquérito dos grampos clandestinos

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A juíza titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, prestou depoimento aos delegados Ana Cristina Feldner e Flávio Stringuetta, no complexo Miranda Reis de Juizados Especiais, no bairro Bandeirantes, em Cuiabá, hoje, no inquérito que apura o esquema de escutais telefônicas ilegais, ocorridas na modalidade “barriga de aluguel”. Por cerca de 1h30, a magistrada permaneceu no local. Protegida por um forte esquema de segurança, ela chegou em uma caminhonete e entrou pelo acesso restrito do juizado. Outra caminhonete com segurança esperava do lado de fora. Ela estava acompanhada de três policiais militares que a escoltam cotidianamente. No dia anterior, uma dupla de seguranças já havia estado no local para preparar o deslocamento da magistrada. Um assessor judiciário também a acompanhou.

Conforme o Gazeta Digital já havia divulgado, Selma Arruda autorizou uma ação de interceptação, em fevereiro de 2015, no âmbito da operação Forti, conduzida pela delegada Alana Cardoso, que tinha como foco investigar membros das facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), mas em que foram inseridos de forma fraudulenta os números dos telefones da publicitária Tatiane Sangalli, ex-amante do ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques, e da então secretária dele Caroline Mariano, amiga de Tatiane.

Segundo Selma Arruda, os telefones das vítimas da espionagem foram inseridos no processo no segundo pedido de prorrogação formulado pela Polícia Civil, utilizando os codinomes “Dama Lora” e “Amiguinha” para encobrir as identidades de Tatiana Sangalli e Caroline Mariano.

Após o escândalo vir à tona, em maio deste ano, é que a magistrada percebeu que os telefones já haviam sido alvos de outra ação de interceptação, denominada Querubin, que estava sob a condução do delegado Flávio Stringuetta, em que era apurado suposta trama para matar o governador Pedro Taques (PSDB), o que foi descartado após a realização das escutas.

Ao cruzar os dados entre os casos, Selma Arruda identificou o caso da operação Forti como barriga de aluguel e informou a Corregedoria-Geral de Justiça, sugerindo que uma perícia fosse realizada para apurar tais suspeitas.

Hoje Selma Arruda não falou com a imprensa ao deixar o juizado. Com o fim das oitivas dos presos da operação Esdras, que apura tentativa de atrapalhar as investigações dos grampos ilegais, os delegados passarão a ouvir testemunhas.

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