O ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), deixou o Centro de Custódia da capital, esta tarde. O ministro mato-grossense do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, revogou, ontem à noite, a prisão dele realizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organização (Gaeco) na parte da manhã.
Ao deixar a prisão, Riva afirmou que acredita na Justiça e vai aproveitar para ficar com a minha família. Ao comentar sobre a sua prisão e uma possível perseguição da juíza da 7ª Vara Criminal da capital, Selma Arruda, se limitou a dizer que "foi um absurdo o que aconteceu, mas a gente tem que acreditar em Deus".
Apesar da prisão revogada, Riva continuará sendo monitorado por meio da tornozeleira eletrônica.
De acordo com informações da assessoria do Ministério Público Estadual, Riva foi preso em uma nova operação, intitulada Ventríloquo. Ele seria o líder do esquema criminoso que supostamente lesou a Assembleia Legislativa em R$ 10 milhões por meio de pagamento de dívidas com um banco.
Esta é a terceira vez que José Riva foi preso, desde maio de 2014, quando foi deflagrada a 5ª fase da operação Ararath, da Polícia Federal e Ministério Público Federal. À época, ele ainda tinha mandato de deputado e ficou preso por três dias. Foi preso sob acusação de integrar um complexo esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro operado pelo ex-secretário de Fazenda Eder Moraes (PHS) e "financiado" pelo empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, dono de factorings e empresas que operavam como "bancos piratas" emprestando dinheiro para os envolvidos, entre outras coisas, financiar campanhas políticas.
A segunda prisão do socialdemocrata ocorreu no dia 21 de fevereiro, determinada pela juíza Selma Rosane Santos Arruda e durou 123 dias. As acusações imputadas a ele, de chefiar um esquema que desviou R$ 62 milhões da Assembleia Legislativa entre 2005 e 2009, são investigados na operação Imperador. Na semana passada, o STF concedeu habeas corpus e colocou Riva em liberdade.