A Polícia Civil aguarda a conclusão do relatório do Gabinete de Intervenção Estadual na Saúde de Cuiabá para determinar a abertura de investigação de possíveis fatos criminais ocorridos na área e, se necessárias, as investigações serão conduzidas pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor).
Após a conclusão das apurações iniciais, pela equipe de intervenção, o relatório será encaminhado para análise da Controladoria Geral do Estado (CGE) e, em seguida, para o Ministério Público Estadual e a Deccor, que atuarão em conjunto. Os possíveis inquéritos serão instaurados pela Polícia Civil, a partir das informações apontadas no relatório de intervenção.
A delegada-geral da Polícia Civil, Daniela Maidel, declarou que a instituição cumprirá sua função de forma rigorosa e assertiva na apuração dos possíveis ilícitos penais, supostamente ocorridos na administração da saúde pública de Cuiabá.
A intervenção do governo do Estado na saúde de Cuiabá foi decretada, semana passada, pelo desembargador Orlando de Almeida Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, atendendo pedido do Ministério Público.
“O gabinete de intervenção já constatou rombo de R$ 350 milhões nas contas da secretaria e empresa municipais, ausência de dinheiro em caixa, falta de insumos, medicamentos e médicos nas unidades de saúde de Cuiabá”, informa a secretaria estadual de Comunicação.
O período da intervenção, inicialmente, é de 180 dias ou até que sejam cumpridos os quesitos previstos na representação proposta pelo MP, que apontou falta de médicos, medicamentos e outros graves problemas que vem ocorrendo na rede municipal da capital há meses.
A prefeitura de Cuiabá apresentou recurso ao judiciário para tentar derrubar a intervenção.