Os 15 candidatos à reeleição para a Câmara de Cuiabá gastaram R$ 55,603 mil durante o primeiro mês de campanha, mas o valor de despesas já contratadas é maior que o dobro deste montante, superior a R$ 115,433 mil. O valor é equivalente a mais de um ano de salário de cada parlamentar, que atualmente é de aproximadamente R$ 9,2 mil. Do montante já gasto pelos parlamentares, quem mais investiu nesta primeira fase de campanha foi a vereadora Lueci Ramos (PSDB), cujas despesas pagas são de R$ 18,697 mil. Ela também foi quem angariou o maior volume de recursos para sua reeleição, ultrapassando os R$ 100 mil.
O investimento da parlamentar equivale a 33,62% das despesas de todos os candidatos à reeleição. A quantia é semelhante a arrecadada pelo candidato à prefeitura de Cuiabá, Carlos Brito (PSD). No entanto, nem todos contraíram despesas no primeiro mês de campanha. De acordo com a prestação de contas encaminhada à Justiça Eleitoral, 9 deles ainda não tiveram nenhum gasto e, destes, 8, sequer possuem despesas contratadas.
Edivá Alves (PSD) foi quem angariou o segundo maior volume de recursos, num total de R$ 68,895 mil. Suas despesas contratadas e pagas foram de R$ 14,945 mil. Apesar de ter um dos ritmos mais intensos de campanha, ele desistiu do projeto de reeleição. Já o menor valor investido até o momento foi do vereador Chico 2000 (PR), cujas despesas foram de R$ 2,670 mil. O republicano possui a quarta maior arrecadação entre os parlamentares, atrás de Lueci, Edivá e Everton Pop (PSD), com R$ 33,692 mil.
Dentre os que ainda não efetuaram despesas, estão Adevair Cabral (PDT), Domingos Sávio (PMDB), Pasto Washington (PRB), Toninho de Souza (PSD), Paulo Borges (PSDB), Clovito Hugueney, Marcus Fabrício e Néviton Fagundes, ambos do PTB.
Destes, 5 ainda declararam não ter arrecadado nenhum real para o início de sua campanha. Dos 4 petebistas, Pinheiro, que é o atual presidente da Câmara, foi o único que contou com recursos de R$ 19,550 mil, sendo R$ 15 mil do próprio bolso e o restante doado por empresas. Os outros que não contaram com recursos no primeiro mês foram Borges e Toninho. Pastor Washington, que também não efetuou gastos, recebeu apenas R$ 100 para sua campanha.
Prefeitura – O total de gastos efetuados pelos 6 candidatos à prefeitura de Cuiabá neste mesmo período foi de R$ 225,015 mil, mais do que o quadruplo investido pelos candidatos à reeleição para o mandato de vereador.
Já a prestação de contas de Guilherme Maluf (PSDB) não registra nenhum dinheiro arrecadado ou gasto, apesar do tucano estar com material nas ruas desde o início do período permitido para a campanha eleitoral.
O mais controlado foi Adolfo Grassi (PPL), que investiu seus R$ 1,950 mil de doação própria na confecção de material publicitário impresso.
Lúdio Cabral (PT), que estima a campanha mais cara entre os 6, podendo chegar a R$ 9,8 milhões, foi o segundo que menos gastou, mesmo assim ainda superou o valor arrecado. Conquistou R$ 40,480 mil e suas despesas pagas foram de R$ 47,721 mil.