O ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), divulgou nota rebatendo as acusações do empresário Robison Todeschini, sobre suposto esquema na gestão dele, para desviar dinheiro público por meio do programa de asfaltamento Poeira Zero. O apontamento foi feito em depoimento a Polícia Federal no dia 23 maio de 2014, já que a empreiteira de Robison é investigada na Operação Ararath, sobre lavagem de dinheiro, liderada pelo ex-secretário Eder Moraes e o empresário Júnior Mendonça.
Na nota, Galindo alegou “que não conhece o empresário e que nunca autorizou qualquer medição superior para superfaturar a obra, até porque a prefeitura não tinha e não tem condições de fazer qualquer tipo de pavimento; que as acusações são levianas e contraditórias, citando terceiros recebedores dos possíveis recursos desviados; que a contradição também está na citação do empresário de que o possível esquema teve início na gestão do ex-prefeito Wilson Santos (que deixou o cargo em 2009), no entanto, o programa Poeira Zero teve início em 2011”.
O ex-prefeito ainda declarou “que está tranquilo, já que o programa foi pautado na legalidade e não foi alvo de investigação pelos órgãos de controle; que ficou surpreso com a divulgação do depoimento somente um ano após ele ter sido prestado; que confia na Polícia Federal e que nunca sequer foi convidado a prestar qualquer esclarecimento sobre o assunto”.
Eder está preso há mais de um mês no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), em outro desdobramento da operação Ararath. A decisão teve embasamento na denúncia de envolvimento em práticas que violariam a decisão judicial que lhe concedeu liberdade provisória, como a realização de operações imobiliárias com valores inferiores aos praticados no mercado e a aquisição de veículos de alto padrão, em nome de “laranjas”, com o intuito de ocultar a real propriedade e impedir o cumprimento de decisão judicial de sequestro/arresto de bens.