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Cuiabá: ex-prefeito diz que 25% das dívidas são de obras do Poeira Zero

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Entre os restos a pagar da Prefeitura de Cuiabá referentes ao ano passado, apontados em relatório apresentado pelo prefeito Mauro Mendes (PSB) em R$ 107,072 milhões, cerca de 25% referem-se a obras executadas pelo seu antecessor Chico Galindo (PTB). Uma das maiores bandeiras da administração do petebista foi o programa Poeira Zero, estimado inicialmente em um total de aproximadamente R$ 297,145 milhões com objetivo de pavimentação de 158,8 quilômetros de ruas.

De acordo com Galindo, foram empenhados e processados cerca de R$ 79,4 milhões para a execução das obras de drenagem e pavimentação asfáltica do programa. Destes, ele garante ter pago por volta de R$ 55 milhões, deixando aproximadamente R$ 25 milhões em restos a pagar.

"Esse valor pode ser pago em até 24 parcelas. A obra está lá, se não fez, não precisa pagar, mas essa está realizada", disse. Nas obras de recapeamento e tapa-buraco realizadas pelo petebista no ano passado, elencadas como seu segundo grande projeto, de um total de R$ 42 milhões, foram pagos R$ 31 milhões. Junto ao Poeira Zero, os dois projetos somam cerca de R$ 36 milhões de restos a pagar.

"Ficou o equivalente a 2% do orçamento estimado para este ano para o prefeito pagar referente às obras do Poeira Zero e de recapeamento. São obras realizadas, obras importantes", ponderou o ex-prefeito.

Galindo defende que a prefeitura não pode ser uma instituição coronelista. "Não podemos pensar assim, um prefeito saiu, não pago nada. As obras do Poeira Zero estão aí. Em campanha Mendes falou que continuaria", disse.

O ex-prefeito ainda afirma que seu sucessor agiu certo ao suspender as obras do programa em função da chuva. "Em maio ele pode rever e se achar caro, buscar um mais barato. O que não pode dizer é que a dívida foi feita e nenhum serviço foi prestado à população".

Ele ainda pede que seja feita a comparação de quantos metros de recapeamento e pavimentação urbana foram feitos nos últimos dez anos e o quanto foi realizado em sua gestão. "Fizemos isso e a dívida ficou menor, então houve uma evolução", destacou.

Segundo Galindo, o prefeito tem condições de honrar normalmente, sem alterar o fluxo, mas reconhece que terá menos dinheiro para investimento. "Mas vai ter mais do que eu tive", destacou.

O pagamento dos restos a pagar referentes a essas obras devem ser feitos com recursos próprios do Município. Na elaboração do orçamento, a ideia era que fossem destinados recursos do repasse da CAB Cuiabá pelo contrato de concessão para a continuidade das obras do Poeira Zero.

Lançado há cerca de um ano, o programa contemplaria 52 bairros da capital e foi dividido em três etapas, executado por várias empresas. A primeira ordem de serviço foi assinada com a Delta Construções em 24 de janeiro do ano passado.

Este primeiro contrato, no valor de R$ 54,189 milhões, visava a pavimentação de 24 bairros. Dele, restaram R$ 12 milhões em restos a pagar. A primeira etapa teve 100% das obras concluídas em cinco bairros e iniciada em outros 10. Nos trechos concluídos, após a medição das obras, três bairros tiveram o valor das obras diminuídos em um total de mais de R$ 1,412 milhão.

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