Estudos feitos pela empresa TTrans apontam que o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) é a melhor opção para a mobilidade urbana de Cuiabá se comparado ao BRT (Bus Rapid Transit). Além de ser mais seguro, o VLT é um veículo estruturador que permite o transporte de até 300 mil passageiros por dia por uma tarifa acessível ao bolso dos usuários. Outro diferencial, é que ocupa apenas seis metros de largura, fato que diminui, significativamente, as desapropriações de imóveis para a implantação.
Os estudos solicitados pelo presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP), foram entregues, hoje, ao governador em exercício, Chico Daltro (PP), no Palácio Paiaguás, pelo diretor-presidente da TTrans, engenheiro Massimo Andrea Giavina-Bianchi, empresa sediada em São Paulo e Rio de Janeiro. “O custo operacional, a renovação da frota, a infraestrutura e manutenção do BRT é o dobro em relação ao VLT. O BRT também não pode ser ampliado e ainda é menos seguro”, garantiu Maccimo, que esteve acompanhado do engenheiro Charles Iglesias.
“A apresentação é extremamente importante por oportunizar a população a conhecer os diferentes tipos de modais existentes. Vamos discutir a exaustão a melhor opção para Cuiabá”, afirmou Riva, que também já pediu estudos de viabilidade do monotrilho.
Para ele, assim como a classe política tem a obrigação de exaurir as discussões em torno do melhor meio de transporte, é o governador Silval Barbosa quem decidirá o modelo a ser implantado e não a Agecopa, já que alguns diretores têm declarado que o BRT é o mais viável.
“Não podemos permitir que seja implantado o pior sistema. Agora de posse dos comparativos o governador terá que definir. A Agecopa não foi constituída para esse fim”, disse Riva, ao afirmar que a Agecopa está equivocada, pois há um lobby muito forte em defesa do BRT. Lembrou ainda que a primeira empresa que faria os estudos do VLT acabou desistindo por receber ameaças.
Riva destacou que há investidores interessados, tanto que os recursos poderão ser oriundo do regime de Parceria Público Privadas (PPP´s).O parlamentar adiantou que Silval já acenou interesse pela melhor opção e que não terá dificuldade para escolher. Também questionou a Agecopa sobre as intervenções necessárias à implantação do BRT. “Até hoje, não concluíram quanto demandará para fazer as mil e trezentas desapropriações. Enquanto que para o VLT há trechos da cidade que não precisarão ser desapropriados. Temos que focar num sistema que seja duradouro”.
No comparativo feito entre BRT, VLT e DMU, que é o VLT movido a diesel, Massimo Giavina, como é conhecido, disse que o DMU, é mais barato e segue o nível 3 dos padrões europeus. “É praticamente nula a emissão de gases poluentes, diferente do BRT que poluí muito”.
Experiente no assunto, Massimo trabalha há 41 anos nessa área e informou que o DMU demoraria sete meses para ser implantado. O VLT demandaria 24 meses. Para ele, o BRT poderia ser alimentador do VLT, ou seja, transportar os passageiros até a sua estação.