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Cuiabá está fora do PAC Mobilidade Urbana do governo federal

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A informação de que Cuiabá ficou de fora do PAC Mobilidade Grandes Cidades, que prevê investimentos de R$ 18 bilhões para os próximos quatro anos e atenderá a 24 municípios do Brasil com mais de 700 mil habitantes (a capital mato-grossense, segundo o último Censo 2010 IBGE apontou para 550 mil habitantes), repercutiu negativamente no meio político e causou perplexidade, pois a informação foi veiculada pela Veja On Line e confirmada pela Agência Brasil

Por decisão da presidente Dilma Rousseff (PT) o limite populacional para os municípios beneficiados com os recursos do PAC Mobilidade Urbana foi de 700 mil habitantes porque contemplaria o maior aglomerado de habitantes, o que por exemplo coloca a arquirrival Campo Grande, Capital de Mato Grosso do Sul, dentro dos municípios beneficiados e Cuiabá, Capital de Mato Grosso, fora. Em tempo, Cuiabá é sede da Copa do Mundo, Campo Grande não.

O governo do Estado e os demais poderes constituídos de Mato Grosso apostam todas suas fichas no sucesso dos empreendimentos decorrentes da Copa do Mundo, principalmente na questão das obras de mobilidade urbana que na semana retrasada, foram confirmadas pelo governador Silval Barbosa em visita a ministérios do governo federal em valores específicos de R$ 880 milhões.

O governador evitou comentar o assunto mas aposta na reunião que será realizada com a presidente Dilma, nos próximos dias, para assegurar maior aporte de recursos para Mato Grosso – e que de quebra, atenderão as principais demandas de Cuiabá. No leque de pedidos que serão feitos ao governo federal estão projetos delineados para o Mundial. A bancada federal também se esforça para conseguir apoio da presidente para ações macro previstas para a Capital mato-grossense.

O anúncio feito por Dilma ontem, a portas fechadas no Palácio do Planalto, descreve um quadro de investimentos que serão executados por meio de parceria. Caberá ao governo federal contribuir com R$ 6 bilhões que sairão dos cofres da União. Os R$ 12 bilhões restantes do bolo de recursos devem ser obtidos através empréstimos. O governo abriu ainda o processo de seleção dos projetos que devem incluir itens como "corredores de ônibus exclusivos, trens urbanos, metrô, Veículos Leves sobre Pneus (VLP) e Veículos Leves sobre Trilhos (VLT).

O governo federal dividiu os 24 municípios em três grupos. O primeiro atende as capitais de regiões metropolitanas com mais de 3 milhões de habitantes, correspondente a 31% da população brasileira e abrange cidades como o Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, Fortaleza, Salvador e Curitiba.

O segundo grupo contempla municípios com população entre 1 milhão e 3 milhões de habitantes e corresponde a 4% da população do país. Fazem parte desse grupo Manaus, Belém, Goiânia, Guarulhos, Campinas e São Luís. O terceiro conjunto de municípios atendidos pelo programa está direcionado a cidades de 700 mil a 1 milhão de habitantes – o equivalente a 4% da população brasileira. Nesse cenário se encontram os municípios de Maceió, Teresina, Natal, Campo Grande, João Pessoa, São Gonçalo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu (RJ) e São Bernardo do Campo (SP).

O governo federal dará prioridade, segundo a presidente Dilma, aos projetos que beneficiem áreas com população de baixa renda. O objetivo é garantir suporte para que os municípios minimizem os problemas ocasionados por gargalos, como em relação ao setor dos transportes.

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