Após uma pane no sistema elétrico da Câmara de Cuiabá, a energia foi restabelecida na sexta-feira (6), às 15h30, garantindo assim a realização da sessão ordinária amanhã. O secretário-geral da câmara, Aparecido Alves, afirma que todos os funcionários estão trabalhando normalmente esta manhã e que a sessão desta terça está confirmada. A surpresa ficará por conta de quem vai presidir a sessão.
A sessão deve ser marcada pelo clima tenso que ronda o Legislativo desde que uma verdadeira ‘guerra" se formou entre parlamentares de oposição e de situação devido ao pedido de afastamento do presidente João Emanuel (PSD).
No dia 29 do mês passado, um grupo composto por 16 vereadores assinou o requerimento que previa o afastamento do presidente. O advogado de João Emanuel, Eduardo Mahon, no entanto, conseguiu liminar, concedida pelo juiz titular da 5ª Vara da Fazenda Pública de Cuiabá, Roberto Teixeira Seror, invalidando a sessão.
Nesta quinta-feira (5), porém, o advogado Antônio Rosa, que defende o grupo dos 16 parlamentares, impetrou recurso de agravo de instrumento, acatado pelo desembargador José Zuquim Nogueira. Dessa forma, a liminar conquistada pela defesa de João Emanuel perdeu a validade.
Entre os documentos e argumentos usados pela defesa dos 16 vereadores que cobravam o afastamento de João Emanuel, o que mais pesou e contribuiu para o magistrado conceder a decisão foi um DVD contendo as imagens e áudio da polêmica sessão do dia 29 de agosto, quando foi apresentado e lido em plenário pelo vereador Leonardo de Oliveira (PTB), líder do prefeito Mauro Mendes (PSB) na câmara, e depois em uma situação embaraçosa, João Emanuel colocou em votação uma resolução com um suposto pedido de sua cassação, que segundo ele, foi rejeitado pela maioria dos vereadores: 13 votos no total.