Duas das três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) propostas na última semana na Câmara de Cuiabá já têm relatores e membros. A sugerida pelo vereador Renivaldo Nascimento para investigar repasses aos hospitais filantrópicos, será relatada por Paulo Araújo (PP). Chico 2000 (PR) é membro. E a que vai investigar as medições de uma obra da Secretaria Municipal de Educação (SME) feita em 2016, sugerida por Luiz Cláudio (PP), terá como relator Elizeu Nascimento (PSDC) e membro Jucá do Guaraná (PTdoB).
Governistas e oposição travam uma verdadeira batalha para criarem três novas CPIs. Com isso o parlamento já chegou ao seu limite: cinco investigações simultâneas. A criação de três comissões em dois dias é considerada uma manobra da base do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) para evitar que novas investigações contra ele surjam.
O emedebista já é alvo da CPI do Paletó, que investiga quebra de decoro por ele ter sido filmado recebendo maços de dinheiro, na época em que era deputado, e também da CPI da Saúde proposta pelo vereador Abílio Junior (PSC).
A quinta CPI criada na câmara tem como autor Marcrean Santos (PRTB), que pretende investigar o pagamento de um software de gestão de bibliotecas, que nunca teria sido entregue ao município. Os principais suspeitos são o ex-prefeito Mauro Mendes (DEM) e o vereador Gilberto Figueiredo (PSB), que era o secretário de Educação na gestão e hoje atua na oposição ao prefeito Pinheiro.